O presidente Jair Bolsonaro deve definir até sexta-feira o valor pelo qual pretende prorrogar o auxílio emergencial pago durante a pandemia e em quantas parcelas adicionais. O pagamento do benefício contribuiu para aumentar a popularidade do presidente, mas a um custo mensal de R$ 50 bilhões — equivalente a mais de 17 vezes o gasto com o Bolsa Família — e é considerado insustentável para os cofres públicos.
De um lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende um valor na faixa de R$ 200. Líderes de partidos, porém, querem a extensão até o fim do ano, com uma parcela no patamar de R$ 600 e outras de R$ 300.
Auxiliares de Guedes já citam a possibilidade de prorrogar o benefício no valor de R$ 200, R$ 250 ou R$ 300 até o fim do ano a fim de construir uma transição para o Renda Brasil, programa social do governo Bolsonaro que vai substituir o Bolsa Família.
Proposto inicialmente com valor de R$ 200 pelo governo, o auxílio deveria durar três meses. Foi prorrogado depois por mais dois meses. Caso o governo decida propor a nova extensão por um valor menor, vai precisar encaminhar ao Congresso a alteração por meio de medida provisória (MP). Neste caso, as características do programa, como o valor do benefício, por exemplo, podem ser alteradas por deputados e senadores.
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