Ainda nesta semana, uma equipe do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deve ir até Amargosa, no Vale do Jiquiriçá. O objetivo é fazer um estudo mais detalhado para saber onde ficam os locais com maior probabilidade de ocorrer tremores. “Será um estudo de monitoramento. Nós vamos fazer um mapeamento da área com uma identificação mais precisa de onde estão originando esses tremores”, disse o geólogo Eduardo Menezes do laboratório da UFRN.
Menezes disse que a criação de uma rede sismográfica servirá não só a Amargosa. “De certa forma toda região vai ganhar com os conhecimentos, e aprender aceitar que moram em região sismicamente ativa”, completou.
Até o momento, seis residências e uma igreja tiveram danos por conta dos tremores. Ao Bahia Notícias o prefeito Júlio Pinheiro disse que nunca viveu uma situação como a desse domingo; “Há quatro anos teve um tremor de terra por aqui, mas não foi com a intensidade que a gente viveu neste domingo. Assustou muito a população”, afirmou. O gestor declarou que uma equipe da prefeitura trabalha nesta segunda para atualização de outros possíveis danos. Uma espécie de força-tarefa foi montada para ficar de alerta.
“Já colocamos o serviço de emergência do Samu, Guarda Municipal, equipe de engenhara e assistência social para ficar de alerta e de prontidão para qualquer tipo de chamada, fazendo também o trabalho proativo de visitar as residências que já tiveram problemas de avarias e se for o caso fazer a realocação de moradores”, declarou.
Em Amargosa, os locais mais afetados foram os distritos de Corta Mão e Alto Seco. Além dos abalos do domingo, o município também registrou tremor no começo do dia. Às 6h41 o abalo foi de magnitude 3.5 na Escala Richter, segundo o Centro de Sismologia da Univesidade de São Paulo (USP). No domingo, um dos abalos chegou à magnitude 4.2. Pelo menos, 43 cidades baianas tiveram registro de abalos sísmicos neste domingo.
por Francis Juliano