Foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Paulo Afonso, no dia 05 de Outubro, o Projeto de Lei da Criação do Memorial Abel Barbosa e Silva com a finalidade de estimular a preservação da memória de Paulo Afonso, disseminando a permanente valorização de estudos, pesquisas e eventos relacionados com a cultura regional, a arte e a literatura. O espaço onde hoje é denominado como Espaço Cultural Raso da Catarina, será onde funcionará a sede deste memorial, e também a biblioteca para acomodar todo o acervo doado pelo responsável maior pela emancipação do nosso município, ex-vereador, ex-prefeito e membro fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso, Abel Barbosa e Silva e sediar esta Academia de Letras de Paulo Afonso.
O Memorial Abel Barbosa será instalado no prédio construído pela Chesf no início dos anos de 1950, pouco depois que esta empresa hidrelétrica se instalou em Paulo Afonso e ali a Sra. Marieta Ferraz, esposa do primeiro diretor técnico da Chesf Otávio Marcondes Ferraz, realizava, com o apoio de outras senhoras esposas de chesfianos, trabalhos sociais de apoio às mulheres moradoras do Povoado Forquilha, depois chamado de Vila Poty.
Quando o Sr. Otaviano Leandro de Morais foi eleito como primeiro prefeito de Paulo Afonso, em 1958, este prédio foi cedido pela Chesf que o apoiou na campanha política para ser a sede da Prefeitura Municipal que ali funcionou por mais de 20 anos, entre os anos de 1959 e 1980, quando o então prefeito Abel Barbosa e Silva construiu os primeiros pavilhões da atual Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, na Avenida Apolônio Sales.
Nesse prédio da antiga prefeitura de Paulo Afonso já funcionou a Biblioteca Pública Monteiro Lobato e outros órgãos municipais mas, segundo o Plano Municipal de Cultura – PMC – elaborado pelo Departamento Municipal de Cultura, órgão da Secretaria Municipal de Cultura, em suas páginas 35 e 36, ao se referir ao Espaço Cultural Raso da Catarina está dito que:
A Academia de Letras de Paulo Afonso viu assim a oportunidade do município de Paulo Afonso homenagear o ex-prefeito, ex-vereador e fundador da ALPA, Abel Barbosa, e ao mesmo tempo abrigar a Biblioteca que leva o seu nome, formada com parte do acervo do próprio Abel Barbosa doado à ALPA e esta Academia de Letras aí também funcionar desenvolvendo atividades culturais e de preservação da história e da memória de Paulo Afonso conforme estabelece o seu Estatuto”, diz o presidente da ALPA, o professor e escritor Antônio Galdino.
O Projeto de Lei aprovado pela unanimidade dos vereadores da Câmara Municipal de Paulo Afonso reflete a grande importância do cidadão Abel Barbosa, homenageado por este Poder Legislativo onde esteve por cerca de 20 anos e do qual também foi seu presidente.
A aprovação do Projeto de Lei da criação do Memorial Abel Barbosa contou mais uma vez com a defesa do vereador Jean Roubert que também é membro da ALPA, ocupando a cadeira Nº 25 que tem como patrono o escritor alagoano, Graciliano Ramos e teve a aprovação unânime dos seus pares”, afirma o professor Galdino.
Diz essa agora Lei Municipal que “fica autorizada a destinação do prédio denominado Espaço Cultural Raso da Catarina, para funcionar como sede do Memorial Abel Barbosa e Silva e também a biblioteca para acomodar o acervo doado pelo responsável maior pela emancipação do nosso município”.
A Lei também assegura, no seus Artigo 3º que “A administração e manutenção do MEMORIAL ABEL BAROSA E SILVA será exercida pela Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA.
Em seu Artigo 4º “Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado, mediante Termo de Cessão Real de Uso, ceder o imóvel denominado RASO DA CATARINA à Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA, com a finalidade de instalar e manter em funcionamento o MEMORIAL ABEL BAROSA E SILVA e utilizar o referido espaço para sua sede e as atividades ligadas à Academia de Letras de Paulo Afonso”.
“A Academia de Letras de Paulo Afonso é uma associação civil de direito privado, de utilidade pública, com finalidade social, sem fins lucrativos, apartidária, regida pela legislação vigente e por seu Estatuto e tem como finalidade:
I – Cultivar e incentivar o hábito da leitura e o interesse pelo idioma nacional e pelas literaturas estadual e nacional;
II – Realizar estudos dos problemas de interesse cultural que preocupam o meio intelectual local e o mundo contemporâneo;
III – Buscar o congraçamento e a maior aproximação entre os representantes da cultura local, regional, estadual e nacional:
IV – Valorizar e preservar a história e a memória da região amparando as manifestações da mesma natureza, inclusive nas áreas das ciências, das artes e da Geografia.
V – Contribuir para a propagação da arte literária na região da cidade de Paulo Afonso através de seminários, palestras, eventos culturais literários, simpósios e lançamentos de obras literárias. (Do Estatuto da ALPA)
“A ALPA, por sua diretoria e todos os seus membros apresenta a sua gratidão ao Prefeito Luiz de Deus pela sensibilidade de atender à nossa proposta, assim como a todos os vereadores da Câmara Municipal de Paulo Afonso que foram igualmente sensíveis a esta necessidade externada pela ALPA de se preservar a história e a memória deste município, o que se fará naquele espaço, tendo o Chefe Abel dos escoteiros, ex-vereador, ex-prefeito de Paulo Afonso, e fundador da ALPA, Abel Barbosa como referência.
A ALPA, com o apoio de seus membros, seus parceiros e colaboradores, estará oferecendo à comunidade de Paulo Afonso, aos visitantes e sobretudo aos estudantes do município a oportunidade de conhecer, de forma dinâmica e didática a história do seu município através das ações de homens e mulheres que se doaram para que Paulo Afonso seja hoje um dos municípios mais destacados do Estado da Bahia e do Nordeste.” Afirma o presidente da ALPA, professor Antônio Galdino.
por Antônio Galdino