Sete candidatos à Prefeitura de Salvador participaram, na noite de quinta-feira (1º), do primeiro debate da disputa eleitoral realizado pela TV Bandeirantes, na capital baiana. Estiveram presentes nos estúdios da emissora: Bacelar (Podemos), Bruno Reis (DEM), Celsinho Cotrim (PROS), Hilton Coelho (PSOL), Major Denice (PT), Olívia Santana (PC do B) e Pastor Sargento Isidório (Avante).
Devido à pandemia do coronavírus, o evento não contou com plateia. A emissora também estipulou que os candidatos permanecessem com a máscara durante o debate, só podendo retirá-la na hora de responder às perguntas. O número de assessores no estúdio foi limitado a dois para cada candidato.
Foram escolhidos para participar do debate os candidatos cujos partidos têm representatividade no Legislativo. Os candidatos se sentaram em cadeiras ao redor do cenário obedecendo o distanciamento necessário entre eles, e foram até o púlpito para responder as questões.
O debate foi dividido em cinco blocos:
Primeiro bloco: vídeos curtos de apresentação dos candidatos e perguntas de jornalistas do Grupo Bandeirantes.
Segundo bloco: perguntas entre candidatos.
Terceiro bloco: cada candidato escolheu quem ia perguntar para ele, sendo que cada um só poderia perguntar e responder uma vez. Os tempos para perguntas, respostas, réplicas e tréplicas foram iguais aos do segundo bloco.
Quarto bloco: perguntas entre candidatos.
Quinto bloco: considerações finais.
No primeiro bloco, sete candidatos responderam sobre o turismo e cultura. Quais são as propostas sobre turismo e cultura para Salvador?
Primeira a responder, Major Denice (PT) afirmou que vai criar 13 centros do segmento na cidade. “Esse grande centro de economia criativa para o fomento de tecnologia, cultura, arte, profissionalizando os nossos cidadãs e cidadãos para trabalhar no pós-pandemia, mas também na reconstrução dessa cidade, porque é isso que nós temos que fazer”.
O candidato Pastor Sargento Isidório (Avante) informou que vai tentar resolver o problema econômico encontrado no pós-pandemia para reerguer os segmentos da cultura e turismo. “Nós sabemos que Salvador, a Bahia, o Brasil foram debilitados por essa crise que trouxe uma maldição para o mundo inteiro. São muitas mortes, são muitas famílias, muitas empresas micro, médias e o pessoal informal, que estão prejudicados”.
O candidato Hilton Coelho (PSOL) prometeu estimular a cultura e o turismo no Centro Histórico de Salvador e nas periferias. “Uma cidade, que por outro lado, oferece a perspectiva do turismo se sentir bem na cidade, uma cidade que combata a desigualdade”, disse.
Bruno Reis (DEM) elogiou as ações feitas pelo atual prefeito de Salvador, ACM Neto, e lembrou do edital lançado nesta semana. “Começamos a dar apoio para essa retomada da economia, com estímulos e incentivos fiscais para o setor hoteleiro. Essa semana lançamos editais com R$ 18 milhões para ajudar todos os artistas, músicos, todo o segmento da cultura da nossa cidade”.
A candidata Olívia Santana (PC do B) prometeu democratizar o calendário cultural da capital baiana. “Vamos democratizar o calendário de eventos, vamos discutir e trazer o setor da cultura e estabelecer uma política cultural de Salvador decente, democrática e segura, para garantir que todas as pessoas tenham oportunidades”.
Já o candidato Celsinho Cotrim (PROS) lembrou da experiência na área de turismo e falou em estratégias para gerar emprego na área. “O turismo, como a pergunta foi feita, ele não pode ser dissociado da cultura e ele tem que ser visto sob a perspectiva da diversidade e identidade cultural. Não adianta ter outro caminho ao não ser chamar o trade turístico, com seus operadores de turismo, agentes de viagens, para discutir quais são as políticas pública de emprego”.
O último candidato a falar sobre o tema foi Bacelar (Podemos). Ele disse que vai criar alternativas para que a cidade seja atração turística durante todo o ano. “Ninguém vai atravessar o Atlântico para vim apenas para o carnaval, o turista virá se tiver um Museu da Cultura Afro-Brasileira, que eles estão deixando fechar, o turista virá se tiver pequenos eventos, geralmente culturais ou de forte conotação étnicas, é isso que vamos fazer em Salvador para gerar mais emprego e renda para a nossa população”.
Demais blocos
No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si e abordaram temas como volta às aulas, mobilidade urbana, educação, esporte, carnaval e apoio à pessoas com deficiência.
No terceiro bloco, debateram temas como política de inovação, violência contra mulher, tratamento de endemias, reforma da previdência e educação para jovens e adultos.
No quarto bloco, os candidatos debateram sobre condições de moradia, iluminação pública, criação de creches e unidades habitacionais , desigualdade social e o genocídio do povo negro.
Considerações finais
Ao final, cada um teve oportunidade de fazer as considerações finais.
Por G1 BA
Foto: Divulgação/Band