O Republicanos e o PDT travam nos bastidores uma disputa pela indicação do vice na chapa do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). O partido controlado pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), entretanto, tem mais chances de emplacar o nome, conforme apurou o site, mas os pedetistas apostam que Neto pode considerar o desgaste político de ter na chapa dois partidos que apoiam Jair Bolsonaro (PL), visto que o PP, aliado do presidente, já emplacou o nome do deputado federal Cacá Leão na disputa pelo Senado.
No Republicanos, os deputados federais Marcelo Nilo e Márcio Marinho são tidos como os mais cotados para a vaga. Já o PDT apresentou dois nomes: o da vereadora de Lauro de Freitas, Debora Régis, principal adversária da prefeita Moema Gramacho (PT) na cidade, e o empresário Ângelo Dourado, de uma família política tradicional de Irecê. Dourado, inclusive, esteve com Neto na última terça-feira (24) e teve o nome endossado por parlamentares, prefeitos e lideranças de diversos partidos.
“A participação do PDT na vice de Neto garantiria um equilíbrio maior à chapa, daria uma cara mais de centro-esquerda, pois somos um partido que tem bandeiras históricas como a defesa da educação e do trabalhismo. Não acho que seja positivo uma chapa apenas com partidos que estão mais à direita”, disse Emerson Penalva, vereador pedetista de Salvador e pré-candidato a deputado estadual.
Já o deputado estadual e pré-candidato à reeleição, Samuel Júnior (Republicanos), sustenta a tese de que o vice de Neto tem que ser evangélico e negro, como ele e Márcio Marinho, que é presidente do partido na Bahia e tido como nome “orgânico” na indicação da legenda. Ambos são apoiadores do presidente Bolsonaro.
Segundo apurou o site, entretanto, aliados próximos de Neto tem defendido o nome de Marcelo Nilo, a exemplo do deputado federal Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara e também apoiador de Bolsonaro. Já haveria, inclusive, um acordo em torno da divisão de votos de Nilo com parlamentares próximos do ex-prefeito de Salvador.
O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, também segue no páreo. Entretanto, o fato de ser filiado ao União Brasil praticamente o inviabilizia.
BNews