Começou nessa segunda-feira (22) e segue até a sexta-feira (26), a busca ativa de casos de hanseníase no município de Paulo Afonso –BA, realizado na Carreta da Saúde Hanseníase, a Roda – Hans que está estacionada no Centro de Cultura Lindinalva Cabral. O veículo é equipado para funcionar como uma unidade de saúde itinerante.
Para capacitar os profissionais da Atenção Básica que estarão realizando o atendimento na carreta, foi realizada uma capacitação no Auditório Edson Teixeira nesta segunda-feira (22). O objetivo foi treinar a equipe no sentido de reconhecer precocemente a mancha que pode ser indicativo de hanseníase, fazer teste, identificar e tratar. O encontro contou com a presença da superintendente em Vigilância em Saúde, Micheline Moreira e a enfermeira Olímpia Ribeiro.
“Hoje a gente veio com a colega Ana Paula, estamos para dar apoio ao município no intuito de diagnóstico de novos casos e sabemos que devido a Covid-19 ficou muitos não foram identificados. O projeto Roda-Hans vem do Estado passando pelos municípios e Paulo Afonso foi uma das cidades que foi escolhida. Esse projeto vai ser um meio de identificar os pacientes que ainda não estão tendo o tratamento correto”, diz a representante da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Divep), Sheila Santos.
Em casos inconclusivos Paulo Afonso tem o Serviço de Referência que é o Serviço de Dermatologia e Pneumologia Sanitária (Sederpas), que o paciente pode ser encaminhado para fazer uma avaliação mais detalhada e saber se de fato é hanseníase.
“A hanseníase é uma doença endêmica, em Paulo Afonso ela tem a taxa de detecção, se comparar com a média do Estado e a média nacional é alta, então é uma cidade que a gente precisa ter um olhar atencioso. Isso significa que quando o usuário chega na porta de entrada é importante que esses profissionais estejam capacitados para reconhecer, identificar e dessa forma dar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento. Estamos aqui pela manhã fazendo essa capacitação para que possa ajudar durante essa semana, mas que dê continuidade para que eles sejam capacitados no sentido de reconhecer precocemente a mancha que pode ser indicativo de hanseníase, que saibam fazer o teste, identificar e tratar”, explica professora da Univasf, Iukare Takenema.