24 de novembro de 2024 13:39

Ararinha-azul é encontrada morta em Curaçá, no sertão da BA, diz projeto

Redação PA Notícias

Uma das oito ararinhas-azuis que ganharam vida livre em Curaçá, no sertão baiano, em junho deste ano, foi encontrada morta, nesta quinta-feira (8), segundo informações do projeto BlueSky Caatinga.

De acordo com o projeto, a ararinha foi encontrada morta próxima ao recinto e tudo indica que ela tenha sido vítima de predação. Ainda segundo o BlueSky Caatinga, esse é um processo natural e já esperado.

O g1 entrou em contato com a assessoria do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que disse que aguarda mais informações de pesquisadores do instituto para se manifestar sobre o caso.

Na última quarta-feira (7), a ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP) informou que uma outra ararinha-azul está desaparecida.

De acordo com a ONG, a ararinha saiu do grupo e não volta para a estação de alimentação desde a semana passada. A ONG, juntamente com o ICMBio, tentou localizar a ave de diversas formas, mas não teve sucesso.

O instituto informou que as todas as ararinhas soltas usam uma espécie de coleira de identificação. No caso da ave desaparecida, há duas possibilidades: ou o aparelho está danificado ou foi destruído.

Soltura das ararinhas

As cinco fêmeas e os três machos nasceram em viveiros e foram soltas em Curaçá no dia 11 de junho deste ano. Os animais eram considerados extintos da natureza há 22 anos.

A soltura foi uma das etapas do Plano de ação Ararinha-Azul, coordenado pelo ICMBio, em parceria com a ONG ACTP e instituições privadas que apoiaram o projeto.

Com elas, foram soltas oito araras maracanãs, que também ocorrem caatinga baiana, e que tiveram a missão de “treinar” as ararinhas-azuis dentro do viveiro para ensiná-las como sobreviver em vida livre.

Desde então, os pesquisadores acompanham a adaptação das ararinhas em vida livre por meio de um rádio colar que foi instalado em todas que foram soltas. Além disso, eles realizam o monitoramento constante área em que elas devem circular, que tem muitas árvores caraibeiras, as preferidas das ararinhas-azuis para dormir.

Uma outra soltura está programada para dezembro desse ano, quando outras 12 ararinhas-azuis que vivem na Unidade de Conservação em Curaçá devem ganhar vida livre. Até lá, os pesquisadores esperam já ter bons resultados da soltura experimental.

O projeto prevê que ararinhas sejam soltas na natureza em Curaçá nos próximos 20 anos. Para isso, elas vão continuar a reprodução em viveiros na Alemanha e no Brasil, e espera-se que logo se reproduzam no habitat natural.

Por g1 BA

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