A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos da marca Fugini. Os principais alimentos fabricados pela empresa são molhos de tomate, conservas vegetais e outros molhos, como maionese e mostardas.
A medida é preventiva e foi adotada após uma inspeção sanitária conjunta realizada entre a agência, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e a Vigilância Sanitária Municipal de Monte Alto (SP). A ação identificou falhas graves relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros. “Essas falhas podem impactar na qualidade e segurança do produto final”, afirma a Anvisa em nota.
A agência reguladora também irá publicar, nesta quinta-feira, uma resolução de suspensão específica para lotes de maioneses da Fugini Alimentos. A medida proíbe a comercialização, distribuição e uso, e determina o recolhimento de todas as apresentações da maionese com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024, além de lotes que irão vencer em dezembro deste ano com numeração iniciada por 354.
A proibição da maionese é feita após a constatação do uso de ingredientes vencidos na fabricação do molho.
“Alimentos vencidos, incluindo suas matérias-primas, são considerados impróprios para o consumo, conforme Código de Defesa do Consumidor, e a sua exposição à venda ou ao consumo é considerada infração sanitária. Assim, o recolhimento de alimentos visa retirar do mercado produtos que representem risco ou agravo à saúde do consumidor”, explica a agência.
A Anvisa recomenda que comércios e consumidores que tiverem os lotes de maionese citados não os utilizem, e entrem em contato imediato com a empresa Fugini Alimentos Ltda., que deverá realizar o recolhimento.
A venda dos alimentos está suspensa até que a empresa adeque o processo de fabricação dos produtos às ‘Boas Práticas de Fabricação’, um conjunto de procedimentos que devem ser obedecidos por fabricantes de alimentos para garantir a qualidade sanitária.
Por Karolini Bandeira — Brasília
Foto: Fugini/Reprodução