O Senado Federal reconheceu, no início do mês, o forró como manifestação cultural nacional. A projeto de lei, apresentado pelo deputado Zé Neto (PT-BA), foi aprovado pelos senadores e já tinha passado pela Câmara dos Deputados. Agora, a proposta segue para sanção do presidente Lula.
Se o texto for aprovado, a expressão artística – que virou símbolo do Nordeste – se junta a outras manifestações culturais reconhecidas pela legislação brasileira como expressões autênticas da cultura do país, como é o caso das escolas de samba, das festas juninas, da música gospel (veja lista completa abaixo).
Mas, na prática, o que muda caso a lei, de fato, seja aprovada? Segundo o professor Estevam Machado, especialista em história do Brasil colonial, com a promulgação da lei, setores envolvidos no fomento ao ritmo musical podem ser benefícios com recursos advindos, por exemplo, da Lei Rouanet.
Na justificativa de apresentação da proposta, Zé Neto, afirmou que o forró é uma forma de “levar alegria da cultura nordestina a todo o país”.
Já a relatora do projeto na Comissão de Educação e Cultura, senadora Teresa Leitão (PT-PE), exaltou que o forró é “um gênero musical e uma dança que evoca a beleza e a riqueza das tradições do nordeste do Brasil”.
Ilustrações: Dalton Soares
Por Vinícius Cassela, Mariana Laboissière, g1 — Brasília