Por 36 votos a 22, o deputado estadual Paulo Rangel (PT) foi eleito, nesta terça-feira (5), para assumir o cargo de novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA). O parlamentar disputava a cadeira com o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos).
A votação, que ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), contou com o total de 58 votos, já que cinco parlamentares estavam ausentes. A apreciação aconteceu após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, realizada durante a manhã.
Após a decisão, Rangel fez um discurso de agradecimento, em que parabenizou o adversário e assegurou que demais gestores municipais poderão contar com a colaboração dele, “um conselheiro de partido algum”. “Vou zelar pelo patrimônio público. Serei alguém que quer auditar, mas que quer auxiliar os prefeitos e prefeitas, os vereadores, as vereadoras, para fazerem uma ótima gestão.”
A eleição de Paulo Rangel beneficiou diretamente dois políticos petistas. A começar pela deputada Neusa Cadore, que exercia mandato na qualidade de suplente em exercício e agora herdou a cadeira em definitivo. Com isso, o ex-deputado Marcelino Galo conseguiu retornar à Assembleia Legislativa, onde ficará enquanto o dono da vaga, Osni Cardoso (PT), permanecer à frente da secretaria estadual de Desenvolvimento Rural.
Eleição marcada por acusações de boicote do governo a deputado do PCdoB
A corrida pela vaga no TCM foi marcada por críticas a supostos acordos não cumpridos pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) com o deputado Fabrício Falcão (PCdoB), que teria retirado o nome em 2023 para facilitar a vitória da ex-primeira-dama Aline Peixoto na disputa pelo cargo, e acusações de sabotagem da articulação política do Palácio de Ondina à candidatura do parlamentar comunista.
Sem conseguir as 13 assinaturas exigidas para concorrer, Falcão tentou formalizar o registro através de ato da Mesa Diretora da Alba. Contudo, líderes da base aliada operaram para derrubar o quórum na sessão do colegiado realizada no último dia 27, fim do prazo para inscrições de candidatos ao tribunal. A manobra levou a bancada do PCdoB na Casa a boicotar a votação desta terça-feira.
Por: Metro1
