Na corrida eleitoral de Paulo Afonso, a desinformação tem sido uma constante nas redes sociais. Diversos candidatos a prefeito e vereador têm utilizado plataformas digitais para criticar a administração atual, mas muitas dessas críticas têm revelado uma preocupante falta de conhecimento sobre as atribuições dos diferentes órgãos públicos e consequentemente também indicam desconhecimento das atribuições dos cargos que disputam.
Um exemplo emblemático envolve candidatos que gravaram um vídeo na Ponte Dom Pedro II, sugerindo que os suicídios ocorridos ali são devidos à sua fama como ponto turístico. E para piorar responsabilizaram o prefeito por não aumentar a segurança no local, sem mencionar que a responsabilidade pela manutenção e segurança da ponte é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um órgão do governo federal. Este erro é fruto de desconhecimento. Porque eu não acredito que possa ter sido uma ação proposital para criar uma fake news e tentar desgastar a administração atual.
Em outro caso, uma candidata apontou a prefeitura como culpada pelo esgoto na rua de um conjunto residencial. No entanto, a responsabilidade pelo saneamento no local é da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), uma empresa de economia mista. Esse tipo de desinformação pode confundir os eleitores sobre quem realmente deve ser responsabilizado pelos problemas de infraestrutura da cidade.
Além disso, um outro candidato criticou o prefeito pela demissão de um médico do Hospital Regional de Paulo Afonso (HRPA), sem perceber que o hospital é gerido pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e faz parte da Rede Estadual de Saúde. Esta crítica infundada novamente mostra um desconhecimento sobre a gestão e operação das instituições de saúde no município. E tem centenas de outras acusações contra a gestão municipal totalmente sem sentido. Como por exemplo atribuir a queda de energia ou problemas no abastecimento d´água em determinados locais e ocasiões a administração municipal, quando sabem que são responsabilidade de Coelba e Embasa, respectivamente.
Esses episódios destacam a necessidade de maior preparo e conhecimento por parte dos candidatos ao abordar temas de interesse público. A desinformação não só prejudica a imagem da administração atual, mas também compromete o debate democrático, confundindo a população sobre as reais responsabilidades e competências dos órgãos governamentais.
Ora, se um candidato não consegue identificar de quem é a responsabilidade sobre uma determinada estrutura da cidade, procure se informar antes de fazer a crítica. Senão sabe que órgão cuida de cada problema que ele ou ela, candidato ou candidata, pretende denunciar, tecer criticas, sugerir mudanças ou apresentar propostas, não passe vergonha, não seja irresponsável ao lançar na conta dos seus adversários ou concorrentes diretos, uma acusação descabida, lançando através das suas redes sociais desinformação e mentiras.
Cuidem de estudar cada caso sobre o qual pretende falar para não cometer gafes, e enrolar seus eleitores, isso é muito feio, chega a ser desonesto.
Os eleitores de Paulo Afonso precisam estar atentos e bem informados para discernir entre críticas válidas e aquelas baseadas em equívocos, garantindo assim uma escolha consciente nas próximas eleições.
Por: José Ivandro – Tribuna do Mulungu
