24 de novembro de 2024 18:12

Combate ao furto de água é intensificado na capital baiana e RMS

Redação PA Notícias

Negociação do débito e regularização da ligação é foco da ação

Em mais uma ação de combate à fraude em ligações de água, dessa vez em um condomínio de alto padrão em Barra do Jacuípe, em Camaçari, técnicos da Embasa descobriram, na última quinta-feira (15), um desvio na rede distribuidora antes do hidrômetro, instalado para manipular o consumo de água do local. Somente no primeiro semestre deste ano, a Embasa flagrou cerca de 27,5 mil fraudes em Salvador e região metropolitana, entre violações na ligação, desvio de água antes do hidrômetro (by-pass) e ligações clandestinas, os famosos gatos.

“Além das perdas físicas e financeiras, o furto de água prejudica o abastecimento de quem paga a conta em dia, já que o volume projetado pela Embasa para abastecimento destina-se aos imóveis com ligações devidamente cadastradas na empresa e cujo consumo pode ser medido”, explica a superintendente de serviços de água e esgotamento sanitário da RMS, Thaís Vieira. “Além disso, a ligação clandestina expõe a água distribuída pela rede a contaminantes externos, colocando em risco a saúde das pessoas”.

As ações desenvolvidas pela empresa apontam que a maioria das ligações irregulares é encontrada em áreas de maior vulnerabilidade social. Entretanto, em muitas áreas de maior poder aquisitivo, em locais como construções e estabelecimentos comerciais, essas ligações também são encontradas, apresentando violação dos hidrômetros e desvios no ramal de abastecimento. No caso do condomínio de alto padrão em Barra de Jacuípe, além de abastecer o imóvel, o “gato” também abastecia diversas piscinas de outras residências e irrigava a grama com auxílio de uma mangueira de jardim. “Isso representa uma perda de 360 metros cúbicos de água mensalmente”, diz Rafael Máximo, gerente comercial da Embasa em Camaçari.

A Embasa conta, atualmente, com 64 equipes de campo, além do pessoal administrativo, dedicadas ao trabalho de identificação e combate às fraudes na rede de água na região metropolitana de Salvador. As principais formas de furto de água são as ligações clandestinas (quando o usuário interliga o seu ramal indevidamente à rede distribuidora de água), as fraudes na medição (quando o hidrômetro é danificado ou desviado, visando adulterar a medição do consumo) e as fraudes no corte (quando a ligação é cortada por falta de pagamento e o cliente faz a reativação de maneira indevida).

De acordo com Luzivane Cunha, gerente de suporte comercial da Embasa, esta última modalidade representa cerca de 90% das fraudes em Salvador e região metropolitana.  A estimativa é de que o desvio seja de cerca de 186 mil metros cúbicos de água, volume suficiente para abastecer 18 mil residências ou encher aproximadamente 100 piscinas olímpicas.

“Após identificada a fraude, o responsável pela ação é submetido à aplicação de multa, computada a partir de uma estimativa da água consumida irregularmente. Em todos os casos, a empresa oferece condições flexíveis de pagamento para regularizar a situação do cliente”, explica a diretora de Operação da RMS, Manuella Andrade. “A intenção da Embasa, com essas operações, é retirar a fraude, evitar o desperdício e oferecer boas condições para a regularização. Esta ação tem trazido resultados favoráveis com quitação dos débitos e regularização das ligações de água”, diz.

Crime previsto em Lei – Furto de água é classificado como um crime contra o patrimônio passível de multa e pena de um a quatro anos de prisão, conforme o artigo 155 do Código Penal. Neste tipo de crime, o volume de água furtado é calculado e os infratores, quando flagrados, precisam ressarcir o valor correspondente à água desviada ilegalmente. A população pode denunciar a ocorrência de furto de água ou de ligações clandestinas, sob anonimato, nos canais de atendimento: 0800 0555 195 ou Atendimento Virtual (site ou app).

Unidade de Comunicação Empresarial

Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa)

Foto: Divulgação Embasa

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