24 de novembro de 2024 05:57

Primeira etapa para a abertura de capital da Embasa será concluída até 2022, diz secretário

Redação PA Notícias

O secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia, Leonardo Góes, acredita que a primeira etapa para a abertura de capital da Embasa será concluída até meados de 2022. De acordo com Góes, atualmente a empresa passa por estudos e está na fase de “sound marketing”, para sondar o mercado sob uma perspectiva “do valor eixo que a empresa atingiria”.

“A abertura de capital o governador falou, do valor de vista semântico, não se trata do termo privatização. Ela tem 99,8% do estado. O estado pretende, está promovendo um estudo. Foi contratada uma das ‘big fours’, para uma eventual abertura. Isso exige uma preparação prévia, dos mecanismos de governança e diligências. Ainda existia a discussão do marco legal. Não me parece crível fazer isso com a legislação macro ainda em discussão. No meio do ano, os últimos vetos foram deliberados. Tem pouco mais de dois meses”, disse ao Bahia Notícias.

Leonardo pontua também que a abertura de capital é “uma das iniciativas e formas que se tem de aportar recursos privados” e acredita que a empresa deverá aguardar o momento exato para executar essa ação. “Apesar de estar em curso, vai ter o momento de fazer comparações sobre vantagens, estamos trabalhando numa PPP na região de Feira. Agora como parceria como fizemos na ponte. Até no [Hospital] Metropolitano”, comentou.

O responsável pela SIRH revelou que a primeira fase para a abertura tem um prazo de 18 meses e que a contagem teve início em meados de 2020. “A primeira etapa deve estar concluída até meados do ano de 2022. São diversos quesitos. Governança, questões corporativas, são mais de 142 processos simultâneos. A maioria das empresas para a abertura de capital precisam ter um ambiente de governança azeitado. Temos que fazer o dever de casa, para depois ir até a bolsa. É migrar de um modelo estatal, para estar listada”, acrescentou.

O governo acredita que existe “um apetite do setor privado pela área de saneamento” que pode ter motivação na “questão cambial favorável”. Leonardo cita que existe o interesse, inclusive, em empresas que lidam com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), com fundos de investimentos da Europa e Ásia.

“Nossos ativos estão baratos e o ambiente para resultados deles lá é quase negativo de juros. Aqui temos uma perspectiva de expansão. Outro lado é sobre questões jurídicas. Os contratos das empresas e também a modelagem dessas eventuais concessões. A Embasa tem vedações de contratos, com parte dos serviços sem cobertura contratual, pode ter menor apetite, por conta do faturamento estar sob discussão jurídica. É necessário prosseguir com o processo”, finalizou.

por Bruno Luiz / Mauricio Leiro

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