O curso ofertado pelo chef de cozinha, Timóteo Domingos, transformou não somente a palma forrageira em alimento, mas também a vida das mulheres da Associação de Mulheres Fortes do Riacho. A aula ministrada pelo cozinheiro traz a alternativa de geração de renda para 40 associadas, que agora poderão fazer diversas iguarias com o produto que é abundante no Sertão.
Com a alegria e entusiasmo, Timóteo contou sua história e como iniciou o processo de utilização da palma na cozinha. Conversando com as mulheres, foi ensinando o passo a passo das receitas, transformando o curso em uma grande troca de experiência. “Estou emocionado pelo acolhimento, recepção e interesse da comunidade em aprender”, falou Domingos.
Para a presidente da associação, Claudiane, foi um dia sem igual. “Estamos muito felizes com essa oportunidade desse aprendizado. Para nós é uma experiência que jamais vamos esquecer porque traz uma alternativa com um produto que temos em grande quantidade”, diz.
A criação da Associação de Mulheres Fortes do Riacho surgiu de uma parceria entre a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e a Prefeitura de Paulo Afonso, por meio da Secretaria de Agricultura e Aquicultura. A ideia surgiu por meio da médica e professora da Univasf, Ana Elisabeth, que atende no posto de saúde da comunidade, como parte do seu doutorado.
“Isso aqui demonstra o empoderamento da mulher nordestina e da mulher sertaneja. Por meio desse projeto, visamos condições e ferramentas para o desenvolvimento dessas mulheres da Associação de Mulheres Fortes do Riacho”, reforça Elisabeth.
O secretário de Agricultura e Aquicultura, Jandirson Campos Torres, também participou. “Para nós é um presente poder apoiar um projeto desse porte porque muda a vida na só das mulheres, mas de toda a comunidade”. Ele reforça que a palma disponibilizada para a Associação de Mulheres será do Viveiro de Palmas implantado pela Prefeitura na comunidade Baixa do Boi. O local mede 10 mil metros quadrados de área efetiva, considerado o maior do porte no Brasil, registrado pelo Ministério da Agricultura, com mais de 5 milhões de raquetes de palmas distribuídas.
Enquanto a associação ainda não tem sede, as reuniões estão sendo realizadas na Escola Jovino de Carvalho. “Temos recebido total apoio da diretora Adalgisa para a realização das reuniões, assim como as oficinas. Só temos a agradecer”, diz Elisabeth.