24 de novembro de 2024 12:12

Assédio eleitoral: Ministério Público do Trabalho apura três denúncias na Bahia

Redação PA Notícias

O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga três denúncias de assédio eleitoral na Bahia, até a quinta-feira (13). O estado está na lista dos menores índices de denúncias, mas o órgão estima que o número deve aumentar por causa do movimento das redes sociais. O Brasil tem mais de 170 registros.

Dos três casos apurados pelo MPT na Bahia, dois decorrem de uma mesma denúncia, contra o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA).

O MPT detalhou que uma testemunha gravou o momento em que o dirigente da entidade, o vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT), que foi candidato a deputado estadual, ameaçou os trabalhadores caso eles fossem votar no candidato à reeleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL). O vídeo foi divulgado nas redes sociais.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho, as investigações não provaram a data e local da gravação, mas o sindicato assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), se comprometendo a explicar a ilegalidade da prática. O vídeo foi publicado nas páginas do próprio MPT.

Além da apuração do assédio eleitoral, o órgão também abriu um procedimento para apurar a conduta do vereador. O g1 entrou em contato com Suíca, para saber se ele gostaria de se manifestar sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta.

O primeiro e maior caso de repercussão na Bahia foi em Luís Eduardo Magalhães, na região oeste. Na ocasião, a ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, gravou um vídeo incentivado que empresários do setor “demitam sem dó” quem votar no ex-presidente Lula, também candidato à Presidência.

Ela também assinou um TAC com o MPT, e se comprometeu a fazer uma retratação pública, nas redes sociais. A empresária custeou uma campanha de esclarecimento sobre assédio eleitoral para, assim como o sindicato, reforçar a ilegalidade da atitude e a liberdade do voto.

Por Itana Alencar, g1 BA

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