A maioria esmagadora do eleitorado pauloafonsino está acostumada a votar pelos favores recebidos; e não, pelo que um vereador fez ou deixou de fazer no cargo. Infelizmente, essa é a realidade. Na campanha, o verbo vale muito pouco, o que vale é a verba.
“Vai me ajudar com quê?”; “Quanto vai pagar no dia da eleição?”; “Estou com a conta de energia atrasada…” “o gás acabou e não tenho dinheiro para comprar um botijão…”; “tenho essa receita para despachar e estou liso…”; “preciso de um milheiro de tijolos…”; “preciso de uma máquina para abrir um açude…” etc., etc. Esta vai ser a ladainha que os candidatos a vereadores vão ouvir na campanha. Quem estiver liso se prepare para o pior. É arrumar a mala….
Na reta final para os candidatos às vagas da Câmara de Vereadores em cada partido que disputará as eleições municipais de outubro, postulantes e dirigentes partidários fazem e refazem seus cálculos eleitorais em busca de garantias de que, mesmo enfrentando uma concorrência dura e muitas vezes poderosa, terão chances de se eleger. Neste jogo de muita disputa, o que se assiste é a identidade com a legenda pela qual se disputa ir para o lixo. Ideias programáticas, nem pensar. Nessa luta do rochedo com o mar, o negócio é ver quem faz mais candidatos – se Marcondes Francisco ou Mário Galinho.
Com Bob Charles
