23 de novembro de 2024 08:52

Bahia registra, em média, 53 casos de picada de escorpião por dia

Redação PA Notícias

O número de casos aumentou este ano. Se comparamos os meses já completos, de janeiro a junho de 2023 foram 10.387 casos, contra 10.481 do mesmo período deste ano. Um acréscimo de 94 registros em 2024.

Geralmente, esses animais são encontrados em locais onde há oferta de alimento e abrigo, como locais com esgotos, ralos de cozinha e banheiro, caixas de gordura abertas, pilhas de madeira, acúmulo de restos de material de construção e acúmulo de lixo. Quem explica é o diretor do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA), Jucelino Nery.

“Nessas situações, ao se aproximarem das residências, pela sua facilidade de adaptação e ao encontrarem estas condições propícias, muitos insetos como baratas e cupim, e local para se protegerem como ralos, esgotos, material acumulado, ali se instalam”, diz.

As duas espécies mais comumente encontradas na Bahia e que mais causam acidentes são o escorpião amarelo (de nome científico Tityus serrulatus) e o escorpião-do-nordeste (Tityus stigmurus). O escorpião amarelo é o mais perigoso do Brasil, com veneno que pode levar à morte. Já o listrado não oferece tanto risco, apenas dormência e dor no local da picada.

Segundo Nery, mesmo com o alto número de casos nos primeiros meses, a incidência de escorpionismo – o acidente por picada de escorpião – acontece mais no quarto trimestre do ano.

A maior frequência, segundo o especialista, está diretamente relacionada ao clima. Isso acontece porque, no calor, os escorpiões ficam mais ativos e passam a buscar mais alimentos. Quando chove muito, esses animais geralmente são desalojados e passam a buscar proteção.

“A soma dos dois fatores resulta no aumento de casos. Os acidentes são mais frequentes nos meses mais quentes e chuvosos, em geral, características mais marcantes a partir do mês de setembro, quando o número de casos começa a aumentar de forma mais significativa, ainda mantendo-se elevado no primeiro trimestre do ano seguinte, com redução importante no terceiro trimestre”, revela Nery.

Raquel Brito

correio24horas.com.br

Crédito: Shutterstock

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