23 de novembro de 2024 13:12

Câmara de Vereadores ou “Senadinho”?

Redação PA Notícias

Quando atos de violência ocorrem nas dependências da Câmara de Vereadores, como no episódio recente que resultou na destruição da porta de vidro das galerias, as pessoas ficam estarrecidas. O tumulto, na época, foi causado por manifestações contrárias à fala de vereadores, o que desencadeou um confronto entre apoiadores de Mário Galinho e de Marcondes Francisco, culminando em dois deles partindo para as vias de fato.

É preciso ligar o alerta para que isso não volte a acontecer. A falta de comando do presidente da Casa, Zé de Abel, seja por estilo pessoal, fraqueza ou má-fé — não sabemos o motivo — tem permitido que pessoas nas galerias interrompam as falas dos vereadores quando bem entendem, sem que o presidente tome qualquer atitude para conter essas manifestações. Essa permissividade pode reacender a tensão e, mais uma vez, colocar em risco a segurança dos cidadãos e dos próprios vereadores.

Na sessão de segunda-feira, 16/09, o vereador Marconi Daniel foi interrompido diversas vezes por gritos vindos do público presente. Esse tipo de comportamento não representa uma manifestação democrática; trata-se de um abuso que prejudica o raciocínio e a concentração do parlamentar que está na tribuna. Hoje foi Marconi Daniel; amanhã, quem será?

Não interessa quem está causando o distúrbio. O presidente da Casa tem a obrigação de garantir o direito à palavra dos vereadores, seja contra interrupções de colegas ou de quem estiver nas galerias. É uma questão de respeito e ordem no ambiente legislativo.

Bagunças como aquela só se vê nos “Senadinhos” da cidade.

Fonte: www.tribunadopovo.net

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