Três dos seis pacientes diagnosticados com botulismo na Bahia estão internados no Instituto Couto Maia, em Salvador. Em entrevista à TV Bahia na quinta-feira (25), a diretora técnica da unidade, a médica Geovanna Sabóia, contou que o quadro de paralisia da face foi o que chamou atenção da equipe médica que atendeu esses três hospitalizados, todos oriundos de cidades do norte baiano.
Dos seis casos, duas pessoas tiveram complicações e morreram.
Alguns dos sintomas mais comuns são visão turva, flacidez da musculatura e dificuldade para engolir e falar.
O caso mais recente foi o de uma mulher de 31 anos, moradora de Cícero Dantas. O diagnóstico dela foi confirmado na quinta-feira (25). A paciente foi transferida para Salvador no início do mês de setembro e segue internada no Couto Maia.
Os outros dois pacientes hospitalizados na UTI da unidade são um homem de 25 anos, morador de Senhor do Bonfim, e outro homem de 39 anos, oriundo de Campo Formoso.
Eles comeram mortadela de frango. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) suspeita que o produto tenha provocado o surto detectado no estado.
O que é botulismo?
É uma doença grave, com alta letalidade, rara e não contagiosa. Ela é causada pela ação de uma forte toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
Essa substância tóxica pode entrar no organismo humano por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos contaminados. Mesmo pequenas quantidades podem causar intoxicação grave rapidamente.
A toxina botulínica afeta o controle motor e, por essa razão, pode levar a diversas complicações. Ela pode levar à insuficiência respiratória, que, no geral, é a forma mais comum de morte causada por botulismo.
Outras complicações podem incluir
visão turva;
queda das pálpebras;
flacidez da musculatura do rosto;
dificuldade para engolir;
dificuldade para falar;
fraqueza de longa duração;
fadiga;
pneumonia por aspiração e infecção;
problemas no sistema nervoso em geral.
Por g1 BA e TV Bahia
