Transmissão comunitária da Covid-19 em Paulo Afonso. Na quinta-feira, 23 de abril, a Prefeitura de Paulo Afonso, através da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou o segundo caso de contaminação pelo Covid-19 no município. Diferente do primeiro, onde a origem da contaminação se deu em Recife, este novo caso não tinha relação com o primeiro e confirma a transmissão comunitária da doença.
O então Secretário de Saúde de Paulo Afonso, Guiarone Garibaldi, no mês de abril já informava em rede social, através do Instagram da Prefeitura que havia sido registrado o 2º caso POSITIVO de coronavírus no município de Paulo Afonso/BA. Guiarone informou que o 2º caso não tinha nenhuma relação com o primeiro caso o que, para a SESAB – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, o município de Paulo Afonso entrava na situação de transmissão comunitária.
Guiarone alertou na ocasião que, “se estamos nessa situação de transmissão comunitária, a única forma de combater é o isolamento social e o uso de máscaras e mais a higienização com álcool gel ou lavar as mãos”.
Entenda o que é transmissão comunitária e como ocorre
Os casos de transmissão comunitária do novo coronavírus, significa que, diferente dos casos de transmissão local, não é possível identificar a origem da contaminação.
Na transmissão local, sabe-se que uma pessoa se infectou pelo contato com outra, que contraiu o vírus após ter estado em região em que há contágio. Já na transmissão comunitária ou sustentada, não se consegue mais mapear a cadeia de infecção e saber quem foi responsável pela contaminação dos demais.
É um estágio considerado alarmante, por indicar que a circulação do vírus pode estar difusa, não havendo mais um raio restrito de contaminação. Isso potencializa os riscos de transmissão e dificulta o controle da Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
As medidas de isolamento social e os cuidados sanitários ganham ainda mais importância. É preciso reduzir, ao máximo, o contato entre as pessoas e tornar rotineiras as ações preventivas, para minimizarmos a progressão do contágio. Estudos apontam que cada pessoa infectada contamina outras três.
Outro agravante é que a doença pode ser assintomática ou ter sintomas brandos em muitos casos, elevando o potencial de propagação. Nesse cenário, a preocupação é ainda maior com o grupo de risco (idosos, doentes crônicos e pessoas com baixa imunidade).
A contaminação dessa população mais suscetível às complicações da Covid-19 pode provocar uma sobrecarga no sistema de saúde. Por isso, é preciso contar com a colaboração, solidariedade e espírito coletivo de todos. Não ser do grupo de risco não isenta ninguém da responsabilidade para com toda a sociedade.
A transmissão comunitária passa a colocar em risco toda a população. Este é o momento de realmente seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde, tanto na questão do isolamento, quanto na questão de distanciamento social. Máscaras, higienização das mãos, não frequentar locais fechados e com aglomerações são um dos principais fatores que podem evitar a contaminação neste momento.