22 de novembro de 2024 08:00

Josias Gomes defende espaço para Denice na estrutura do PT

Redação PA Notícias

O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, disse hoje que o PT acertou ao escolher a major Denice Santiago para candidata à Prefeitura de Salvador e que ela deflagra um necessário processo de renovação geracional e de quadros no partido na Bahia.

“Nós precisamos da mudança geracional e de sangue novo e ela (Denice) cumprirá integralmente este papel não só em Salvador”, afirmou com exclusividade a este Política Livre Gomes, considerado uma das lideranças importantes do partido no Estado.

Embora enfatize que não está sozinho, a afirmação torna o secretário praticamente o único a defender até agora de forma pública a opção do PT para a disputa na capital baiana, cercada de críticas na própria legenda, principalmente ao governador Rui Costa, patrono da candidatura.

Com Denice, o PT teve menos de 20% dos votos em Salvador, perdendo os cerca de 30% do eleitorado com que tradicionalmente contava em disputas na cidade. Para Josias, Denice será “um quadro para que o PT possa incorporar atores novos à agremiação”.

O dirigente petista avalia que, apesar de ter se filiado de última hora para disputar a eleição, ela mostrou ter uma visão muito importante da conjuntural local, soube se situar nela e evidenciou conhecimento do que representa o PT para as camadas mais pobres da capital.

“Ela incorporou bem nossas dinâmicas de trabalho na capital, mostrou para o povo como se faz, no governo do Estado, ainda que com as limitações de não se comandar o governo municipal, para os pobres e atingiu vários setores”, afirma o petista.

Para ele, Denice sofreu as consequências de uma campanha em que não teve tempo de se tornar conhecida, agravada pelas restrições impostas pela pandemia. Isso, em sua avaliação, teria tornado sua trajetória muito mais difícil em relação a um candidato que largou muito na frente em todos os sentidos e ganhou a eleição.

Outro fator que ele aponta como responsável pelo fato de a candidata não ter conseguido sequer ir ao segundo turno, apesar do apoio da máquina estadual, foi o fim das coligações proporcionais, que não considera conceitualmente ruim, mas teria levado os partidos da base a optarem por candidaturas próprias.

Josias aponta ainda que Denice cresceu sobre os candidatos do time aliado, num processo claro de autofagia no grupo, não por um erro de estratégia do governador, articulador da candidatura, mas por uma escolha própria do eleitorado.

Ele defende que, hoje, as direções petistas estadual e de Salvador se reunam para definir o ‘lugar de fala’ da ex-candidata na estrutura partidária, que não acredita que seja, necessariamente, no comando de nenhuma das duas instâncias.

“Teremos que ter uma discussão sobre este quadro político que estava adormecido, que representa novos tempos, novas temáticas que estão no universo do leitor e o governador trouxe para o partido”, declara, acrescentando que o PT já tem consciência da importância da incorporação de Denice na estrutura partidária.

Política Livre

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