Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Serra recomenda que governo tenha menos ministérios
O ex-governador de São Paulo e candidato tucano derrotado à presidência da República, José Serra, afirmou, nesta quarta-feira, que o governo federal deveria ter menos ministérios e mais “ministros de total confiança” da presidente Dilma Rousseff.
Para Serra, se “seis ministros estão caindo” no primeiro ano de governo “tem algo errado nas nomeações”. “De duas uma: se eles são de confiança é grave porque houve muita quebra de confiança. E se não são é sinal de que o loteamento chegou ao extremo de aparentemente ela [Dilma] não ter responsabilidade sobre essas nomeações”.
Em visita ao Congresso Nacional hoje, o tucano fez uma avaliação política da oposição. Afirmou que é difícil para partidos que perderam a eleição há apenas um ano se reestruturarem de uma hora para a outra. “Temos que desenvolver uma tecnologia correta. Ao longo do tempo a oposição vai ganhando densidade e a base vai mostrando as suas contradições”, disse.
Serra não quis comentar a disputa política pela Prefeitura de São Paulo. Sobre a polêmica declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que “o futuro do PSDB é mais incerto do que o do euro”, o tucano também desconversou: “o futuro também é incerto. A história não existiria sem a extravagância, o inesperado. A incerteza faz parte da vida. O mundo de hoje é especialmente incerto”.
CONGRESSO
O ex-governador aproveitou a ida ao Congresso para falar sobre temas polêmicos que tramitam no Legislativo. Classificou a prorrogação da DRU (desvinculação das receitas da União) como “redundante” e que o mecanismo deixou de ocupar a sua função. “Não consigo entender porque tanto empenho do governo para aprovar a DRU. Não é porque existiu lá atrás que tem que existir agora.”
A emenda constitucional que prorroga a DRU por mais quatro anos já foi aprovada pela Câmara e agora é prioridade do governo no Senado.
Já sobre a emenda 29, que carimba os valores a serem investidos em saúde, Serra a classificou como”muito importante”. “Acho que destinar 10% é um percentual possível, o problema é saber as prioridades dos gastos.”
Serra veio a Brasília receber a Medalha do Mérito Legislativo. Seu nome foi indicado para o prêmio em 2005. Mesmo assim, ele chegou atrasado para a cerimônia deste ano. Seu voô, que pousaria em Brasília teve que ser desviado para Goiânia por causa do mal tempo. Da Folha.com