As araras maracanã estão sumindo da caatinga

 As araras maracanã estão sumindo da caatinga

Uma pesquisa recente no Rio Grande do Norte mostrou sinais preocupantes da redução das populações de arara maracanã-verdadeira (Primolius maracana) na caatinga. A situação da ave é bem conhecida no Sul e Sudeste do Brasil. Mas sua condição no Nordeste, mais crítica, é pouco investigada ainda. O estudo, feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Fundação Norte Rio Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) concluiu que a população dessa ave na Serra da Santana, no estado, está em declínio. O levantamento foi financiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Foto: Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

“Moradores relataram que, antigamente, os bandos que eles observavam eram muito maiores e chegavam a ter até 30 aves. Agora, os bandos são menores, com cerca de 8 ou 10, raramente mais que 10 aves”, diz Mauro Pichorim, coordenador do estudo. A equipe está estudando a sugestão de áreas de conservação para garantir a sobrevivência das aves na região. E a instalação de caixas que funcionam como ninhos artificiais, para facilitar a reprodução da espécie.

A caatinga é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. É considerado um dos hot spots de biodiversidade pela riqueza da fauna e flora e pela velocidade como que os ambientes naturais estão acabando. A ararinha azul, estrela do desenho “Rio”, extinta na natureza, foi uma das vítimas dessa devastação.

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