Dilma relaxa com clima, areia e mar da baía

Depois de quase um ano de trabalho intenso, quando encarou uma “faxina” que resultou na queda de sete ministros e muitos compromissos oficiais no exterior; duas horas de voo entre Brasília e Salvador e mais o deslocamento entre as bases Aérea e Naval e os minutos gastos na arrumação das bagagens em seu aposento, finalmente a presidente Dilma Rousseff pôde iniciar as férias na Bahia. Eram por volta das 18 horas quando, acompanhada da filha e da mãe, pisou a areia fina e branca da Praia de Inema, no subúrbio ferroviário da capital baiana. A presidente – que usava chapéu e óculos escuros e vestia uma saída de praia verde – ficou 30 minutos na praia. Não tomou banho de mar, mas sentiu o mar da Baía de Todos-os-Santos tocar-lhe os pés.

De longe, ela parecia animada, exibindo largo sorriso no rosto. O clima de férias prevalecia na mesa montada na praia, que reuniu sua mãe, Dilma Jane, e sua filha, Paula. As três beberam água de coco e conversaram descontraidamente. Delas, apenas Paula entrou no mar. O neto da presidente, Gabriel, até a noite desta segunda, não deu o ar da graça na praia soteropolitana quase que exclusiva para presidentes.

Dilma é a terceira mandatária do Brasil a passar período de férias na Base Naval de Aratu. Antes dela estiveram lá Fernando Henrique Cardoso e Lula. O local é paradisíaco e bastante protegido. Na segunda, uma embarcação e um jet ski da marinha impediam a aproximação de barcos e pessoas não autorizados. Um muro de dez metros, com mais cinco de cerca de arame farpado adentrando o mar, separa a Praia de São Tomé de Paripe da faixa de areia exclusiva da maior base naval da América Latina. Para documentar a presença da família presidencial, os jornalistas de todo o Brasil têm de ficar em um píer, perto do muro e a uns 600 metros de distância do local reservado para a presidente.

Rotina – A presença da família presidencial mudou a rotina de moradores e frequentadores de São Tomé de Paripe e atraiu a atenção de curiosos. O percurso entre o porto local e a Ilha de Maré foi mudado, para preservar ainda mais a privacidade da visitante. Banhistas se aproximavam da cerca para tentar ver a presidente. Alguns deles lembravam das passagens de FHC e de Lula pelo local.

atarde.com.br

Lúcio Távora

Colaborou Flávio Oliveira