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Eduardo nega relação entre nomeações do 2º escalão e tentativa de limitar PSB
Para o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, não há qualquer relação entre a espera de 11 meses para começar a liberar as nomeações do segundo escalãoe a necessidade sentida pelo governo federal de limitar o crescimento da legenda e o fortalecimento do próprio Campos. Nos bastidores de Brasília, o comentário é que a nomeação de João Bosco de Almeida para a presidência da Companhia Hdiroelétrica do São Francisco (Chesf) só saiu agora por conta da fidelidade do PSB na primeira fase de votação da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Bosco deixou a Secretaria de Recursos Hídricos na última sexta-feira (2) e toma posse na Chesf nesta quarta-feira (7).
“Nada a ver uma coisa com a outra. Absolutamente nada. Essa é uma questão que foi tratada diretamente pela presidente lá tras. Fazia tempo que isso estava decidido. Só estava se esperando o tempo de fazer. Não tem nenhuma relação política”, afirmou Eduardo Campos nesta terça-feira (6), quando questionado sobre a relação entre a liberação e a fidelidade na votação.
Ainda falta a nomeação das diretorias de outras duas estatais que têm grande poder na Região: a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
Oficialmente, a justificativa do governo federal para a demora na nomeação é que os entendimentos para a renovação das diretorias eram feitos pelo ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que saiu do governo em junho. Mas o que corre à boca miúda é que o PT queria segurar a influência do governador no Nordeste. Análise publicada no jornal O Estado de São Paulo desta terça aponta que todos os cálculos feitos até agora sobre os postos nas três estatais levam a um fortalecimento político do pernambucano, o que incomoda não só o PT, mas também a presidente Dilma Rousseff.
O PSB reivindica para a ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma de Faria a chefia da Sudene. Já a Codevasf está na mira do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), que pretende emplacar seu irmão, Rubens Martins, na presidência. Hoje Rubens é secretário de Desenvolvimento Agrário do governo piauiense.