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Governador sanciona Lei da Cultura na conferência de Vitória da Conquista
Ao som do repente e com o desafio de definir os eixos prioritários que irão compor o Plano Estadual de Cultura, começou na noite de quarta-feira (30), na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, a IV Conferência Estadual da Cultura com o tema “Planejar é preciso”.
O governador Jaques Wagner, o secretário de Cultura do Estado, Albino Rubim, e o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe, participaram da cerimônia de abertura do evento, realizada no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, onde estiveram também artistas, intelectuais, entre outras pessoas interessadas na temática.
Na oportunidade, o governador Jaques Wagner sancionou a lei que cria o Sistema Estadual de Cultura, aprovada no último dia 22 pela Assembleia Legislativa. “Essa foi uma das demandas apresentadas na terceira conferência”, disse o governador. Durante o ato, também foi assinado o Acordo de Cooperação Federativa, que insere a Bahia ao Sistema Nacional de Cultura.
“Treze estados estão se integrando a esse sistema. Em breve, outros 700 municípios também estarão integrados. Isso irá articular as ações entre os três níveis de governo e assegura a participação da sociedade no acompanhamento dos planos de cultura de todos os entes federados”, informou Roberto Peixe.
Articulação
Representantes dos mais diferentes segmentos artísticos também estiveram presentes à abertura da Conferência. Até o próximo sábado (3), cantores, atores, produtores culturais, diretores teatrais, entre outros profissionais do setor cultural, participam dos debates que irão auxiliar o Governo do Estado a definir os eixos do Plano Estadual de Cultura, previamente elencados em encontros municipais, territoriais e setoriais, que somados, totalizam mais de 350 eventos.
Para o ator transformista Valerie O’rarah, a presença expressiva da classe artística fortalece o processo de elaboração de políticas para o segmento. “Todos devem estar unidos, celebrando esse momento importante. Ver os atores, bailarinos, músicos todos envolvidos é muito positivo”.
Segundo Laili Florez, que atua profissionalmente como palhaça, é importante que os representantes de todas as frentes de trabalho da cultura estejam articulados para que o plano possa suprir as demandas existentes. Para ela, é preciso uma revisão dos editais públicos para que os profissionais circenses ganhem mais espaço. “Temos apenas um edital para circo na Bahia. É um número muito inferior ao de outras áreas”.
Apoio da sociedade
O mestre Asa Filho – cordelista que fez a abertura da conferência acompanhado por um trio de repentistas – foi enfático ao afirmar que “a cultura é vasta. Há um clamor de artistas que precisam ser incluídos. Tudo o que venha do Estado para promover isso salva a cultura do nosso país”.
As discussões das propostas recolhidas nos encontros e debates anteriores ocorrerão nesta quinta e sexta-feira (1º e 2). Os participantes negociarão entre si quais propostas irão compor o documento final que servirá de subsídio ao Plano Estadual de Cultura.
O governador Jaques Wagner destacou a colaboração da sociedade na formatação das políticas públicas. “Governar é compartilhar o poder com a sociedade. O povo é que tem o poder originário. Temos a alegria de comemorar neste momento a aprovação da Lei Orgânica de Cultura pela Assembleia Legislativa”.SECOM.