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Ivete Sangalo: “Não nasci para sofrer”
Antes de ser hospitalizada com meningite benigna não contagiosa — do tipo mais brando da doença — Ivete Sangalo deu entrevista exclusiva à coluna impressa em nossa revista ÉPOCA, durante a gravação do especial Ivete, Gil e Caetano, nos estúdios do Projac, no Rio de Janeiro. Perguntada sobre o que deseja para 2012, a cantora foi direta: “Saúde pra mim e pra todo mundo. A vida já me deu tantas coisas boas, que é só o que posso querer”.
A cantora recusou-se a fazer um balanço do ano. “Não sou uma pessoa de fazer retrospectivas nem de traçar planos. Sou que nem o Zeca Pagodinho: deixo a vida me levar”, afirma, antes de ser interrompida pelo maquiador que oferece — e ela aceita — pingar colírio em seus olhos. “É uma honra terminar o ano no meio desses dois poetas. Já cantamos juntos algumas vezes, mas nunca de forma tão pública e anunciada. Adorei fazer parte desse sanduíche musical — eles são como pão integral e eu a pasta de grão de bico, bem natural, entende?”, diz ela. Depois de reclamar um pouco da ardência das gotinhas, Ivete respira fundo e solta: “Aprendi algumas coisas e esqueci outras ao longo de 2011. Mas tento tirar lição de tudo. Sinto é que fiquei mais calma”.
Como vai ser o especial de fim de ano?
Vai ser só com músicas que falam de amor. Além de canções do Gil e do Caetano, tem músicas do Chico Buarque. Tem como fazer um programa assim sem falar do Chico? Certa vez perguntaram ao Chico se ele fazia música pra pegar mulher e ele respondeu: ‘Não, pego mulher pra fazer música’. Ele é um voyeur da alma feminina.
Mas então vai ser um repertório todo romântico, diferente dos seus shows?
Sim. Ouço e canto essas músicas desde menina, é um repertório com que tenho muita intimidade. Será a primeira vez que o público vai me ver cantando músicas de fossa. Mas eu não nasci pra sofrer, nasci pra cantar.
Dores de cotovelo costumam dar boas músicas de amor…
Muito da nossa MPB é feito de histórias de separação. Tem gente que separa só para ter muita inspiração, aí compõe bastante para vender um milhão de cópias (risos).
Os boatos de gravidez que enfrentou ao longo de 2011 a incomodaram?
Hoje, com a globalização, minha vida está aí para todo mundo. Eu falo que quero outro filho e o povo fica só esperando. Mas não vai ser pra já. Quando ficar grávida, vou correndo postar no Twitter, pode deixar que eu aviso.
Revista ÉPOCA