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João Bosco é o novo presidente da Chesf. A posse será no próximo dia 7 em Recife.
Durante oito anos a presidência da Chesf foi exercida por Dilton da Conti Oliveira, indicado pelo governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e reeleito governador de Pernambuco. Nesses anos, a diretoria da Hidrelétrica do São Francisco foi formada, além de Conti, por João Bosco de Almeida – Diretor Administrativo (presidente do PSB do Recife), Marcos José Mota de Cerqueira – Diretor Econômico-Financeiro (PSB), José Ailton de Lima – Diretor de Engenharia e Construção (PT) e Mozart Bandeira Arnaud – Diretor de Operação (PT). Têm-se como certo que os nomes do PT na diretoria da Chesf são “imexíveis”, por serem da cota pessoal da presidente Dilma e que também o atual diretor administrativo, indicado pelo senador Renan Calheiros (PMDB), que chegou a ser citado pela imprensa como um dos nomes para a presidência, também será mantido no cargo.
Ao assumir o segundo mandato como governador de Pernambuco, Campos chamou para a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado, o engenheiro João Bosco Almeida que era o Diretor Administrativo da Chesf. Sua vaga na hidrelétrica foi preenchida por José Pedro de Alcântara Júnior, do PMDB, indicado pelo Senador Renan Calheiros.
Há muitos meses que circulavam informações de que João Bosco teria sido indicado por Eduardo Campos à presidente Dilma Rousseff como o nome do PSB para ocupar a presidência da Chesf. Bosco foi enfim aprovado, já passou pelo crivo do Conselho Administrativo da Chesf e será empossado na presidência da Hidrelétrica do São Francisco no dia 07 de dezembro num evento do qual estarão participando muitos pauloafonsinos, inclusive vereadores, dentre eles o também engenheiro Gilson Fernandes, do PSB, irmão do novo presidente da Chesf.
Bosco tem forte raízes com Paulo Afonso, onde morou durante muitos anos e trabalhou no Centro de Formação Profissional, o CFPPA, conhecido carinhosamente como a Escolinha da Chesf. Durante a sua gestão com diretor administrativo da hidrelétrica, esteve dezenas de vezes visitando as instalações da empresa neste município uma vez que a Administração Regional de Paulo Afonso, assim como a de Salvador são subordinadas a esta diretoria da Chesf.
Efeito dominó –
Tendo em vista que há anos, especialmente a partir da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o preenchimento da maioria dos cargos dos órgãos públicos federais e estatais tem priorizado a indicação política há uma natural
expectativa que aconteçam mudanças gerenciais em Administrações e Gerências Regional, Superintendências e outros órgãos da empresa.
Em Paulo Afonso já se tem por certo que a Gerência Regional de Operação, responsável pelo complexos das usinas de Paulo Afonso, Itaparica e Xingó, que produzem mais de 80% de toda a energia gerada pela hidrelétrica e consumida em oito dos nove estados do Nordeste. Ali, o gerente regional, engenheiro Carlos Fernando deverá ser substituído pelo seu colega chesfiano Flávio Motta, responsável pela Usina Hidrelétrica de Xingó. Carlos Fernando teria três opções de cargo em Recife.
Também na Administração Regional de Paulo Afonso há especulações de nomes que substituírem Gilberto Pedrosa (Maninho), ligado ao Dep. Estadual do PT baiano, Paulo Rangel, e até a sua permanência no cargo. Se deixar a APA, Maninho passará a atuar em outro cargo, em Recife, ou Salvador.
Toda esta expectativa dos paulofonsinos e moradores da Região dos Lagos do São Francisco se justifica pela grande importância da Chesf para Paulo Afonso, o berço da hidrelétrica, onde estão muitas de suas usinas hidrelétricas e de dezenas de outros municípios que têm nesta empresa hidrelétrica a razão de sua própria criação e desenvolvimento econômico e social.
A entrega da presidência da Chesf ao engenheiro João Bosco de Almeida foi recebida com muita alegria por pauloafonsinos e por moradores de outros municípios por entenderem que o governo federal está prestigiando um funcionário de carreira da própria Chesf, já testado na diretoria da própria empresa e na gestão de importante secretaria do governo do estado e em muitos outros cargos e pela relação sempre amistosa que manteve com prefeitos, vereadores e municípios da região onde a Chesf se instalou há mais de sessenta anos.
Por Antonio Galdino