Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
MP faz operação contra 200 suspeitos de fraudes de mais de R$ 153 milhões
Estariam envolvidas nas fraudes tributárias 79 empresas do segmento gráfico e 212 pessoas, no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro
SÃO PAULO – Dez pessoas foram presas nesta quarta-feira, 14, acusadas de pertencer a uma quadrilha suspeita de sonegar os cofres estaduais em cerca de R$ 113 milhões – valor relativo a ICMS não recolhido – e de desviar mais R$ 40 milhões em tributos federais, além de falsificar documentos.
De acordo com a investigação que a Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária do Paraná vem fazendo há mais de dois anos, o núcleo central da quadrilha estaria na região metropolitana de Curitiba e seria formado por empresários, familiares e contadores. Estariam envolvidas nas fraudes tributárias 79 empresas do segmento gráfico e 212 pessoas, no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Durante a Operação papel estão sendo cumpridos 12 mandados judiciais de prisão (temporária), sendo 11 no Paraná e um em Santa Catarina, e 101 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de contabilidade e residências, nos quatro estados. Também estão sendo feitas notificações para que 70 pessoas, na sua maioria ‘laranjas’, sejam ouvidas pelo Ministério Público, sendo 61 no Paraná e as demais nos outros estados.
Além das prisões, foram cumpridos 90 mandados de busca e apreensão, sendo 77 em Curitiba. Dos presos, três foram detidos por porte ilegal de arma, sendo que um deles também tinha a temporária decretada. Também foi apreendido vasto material, sobretudo documentos e computadores.
Segundo O Ministério Público, a quadrilha constituía, sucessivamente, empresas na área gráfica em nome de ‘laranjas’, mediante falsificação na elaboração dos contratos, administrava através de procurações, não pagava os tributos devidos e depois as fechava. Os débitos não podiam ser executados pelo Estado, porque os sócios formais – ‘laranjas’ – não tinham condição de quitar as dívidas.Estadão