Uso de células-tronco do cordão umbilical contribui para o tratamento de diversas doenças hematológicas

 Uso de células-tronco do cordão umbilical contribui para o tratamento de diversas doenças hematológicas

Além de tratar mais de 80 tipos de doenças hematológicas, as células-tronco do cordão umbilical trazem bons resultados em pesquisas de outras áreas médicas.

A medicina passou por uma revolução após a descoberta do uso de células-tronco adultas em tratamentos médicos. As primeiras a serem usadas foram as presentes na medula óssea. Mas na década de 1980 descobriu-se que o sangue do cordão umbilical era rico em células-tronco adultas novas, que não foram afetadas por radiação, medicação e estresse. E, a partir de então, elas também começaram a ser utilizadas na medicina.

As células-tronco do cordão umbilical são células coringas, capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo humano, como ossos, vasos sanguíneos, pele, músculo, neurônio, entre outros. Hoje, mais de 80 doenças hematológicas, como por exemplo, leucemias, linfomas e mielomas, já são tratadas com essas células. Além disso, há muitas pesquisas em diversas áreas médicas, como na neurologia, oncologia, cardiologia e ortopedia, que trazem resultados positivos, aumentando a possibilidade das células-tronco do cordão umbilical ser usadas para tratar outras enfermidades.

Segundo a Dra. Adriana Homem, médica responsável técnica do Banco de Cordão umbilical Brasil (BCU Brasil), o armazenamento dessas células é essencial para o avanço dos estudos científicos e para o uso nos tratamentos terapêuticos.

Para preservar o sangue do cordão umbilical, os pais podem armazenar as células em um banco privado ou doar para um banco público. A diferença entre estes tipos de bancos é que no privado as células-tronco retiradas do sangue são do próprio bebê. Já no público é feita uma doação para a primeira pessoa compatível que necessitar.

“Nós estamos confiantes de que nos próximos anos o número de células-tronco do cordão umbilical irá aumentar no Brasil. Por isso é importante que a população seja orientada a coletar essas células quando os seus filhos nascem”, diz a Dra. Adriana.

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