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Campanha de desarmamento será intensificada em Alagoas
Autoridades das forças de segurança do Estado, secretarias e organizações não-governamentais (Ongs) estiveram na Secretaria da Defesa Social na quarta-feira, 11, para a apresentação da campanha de desarmamento que será feita brevemente em todo o Estado de Alagoas. O objetivo é que o Estado implemente ações que proporcionem a viabilização da ação 39 do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que trata da campanha de desarmamento.
A campanha realizado no ano passado contou com a colaboração apenas da Polícia Federal que recebeu da sociedade, 248 armas de forma voluntária. Para esta ano, a meta é arrecadar duas mil armas de fogo em Alagoas. Para isso, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil, Guarda Municipal de Maceió e a coordenação da rede Desarma Brasil, estão unidos para que a campanha permita diminuir os altos índices de violência.
Para fazer a doação, o voluntário deve ir até um dos postos de coleta que serão distribuídos na capital e interior de Alagoas, para pegar o salvo-conduto, documento que permite que o cidadão se desloque portando a arma de sua residência até o local onde o objeto será entregue. De acordo com o calibre, o cidadão poderá receber entre 100 e 300 reais pela arma de fogo. O sigilo do doador será garantido.
A arma de fogo entregue será danificada na presença do doador e depois encaminhada ao Exército Brasileiro para ser destruída.
“É um momento que exige certo desafio. A intenção é diminuir a quantidade de armas de fogo nas mãos de quem não precisa do instrumento em casa. Esse instrumento pode, inclusive, longe da vontade do dono, chegar às mãos de bandidos”, afirma o major Antonio Casado, coordenador da campanha de desarmamento em Alagoas.
Segundo o secretário-adjunto da Defesa Social, Delegado Paulo Cerqueira, é preciso que a campanha chegue aos municípios mais violentos do estado. “Com a campanha, não vamos resolver o problema do crime mas atenuaremos os casos passionais, aqueles crimes que são cometidos em momentos de raiva e que podem ser evitados se o cidadão não tiver uma arma de fogo ao alcance”, disse.
O coronel Luciano Silva, comandante geral da Polícia Militar colocou a corporação disponível para as ações da campanha. “Em nossas atividades pelos 180 anos da Polícia haverá ampla divulgação. Essa campanha irá tirar armas das ruas e diminuir o número de homicídios. A mistura de armas com drogas precisam de um basta”afirmou.
Para o delegado geral da Polícia Civil, José Edson, é preciso acabar com a cultura de que quem tem uma arma é mais homem. “É impressionante como carregamos essa cultura. Uma pessoa em momento de fortes emoções, provoca uma tragédia se tiver uma arma. E isso pode acontecer com indivíduos considerados de bem”, alerta.
Atualmente, os estados que mais arrecadam armas de fogo são Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Por Ascom PC/AL