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Casa Civil demite chefe de gabinete de Negromonte
O chefe de gabinete do ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi demitido nesta quarta-feira. A exoneração de Cássio Peixoto, braço-direito do ministro, foi publicada no “Diário Oficial da União”.
A exoneração não foi a pedido de Peixoto, segundo a portaria. A demissão dele ocorre dois dias depois de a Folha revelar sua participação em negociações com um empresário e um lobista interessados num projeto milionário do ministério.
Oficialmente, em nota, o ministério disse que Peixoto foi exonerado “por estar desmotivado”.
A exoneração foi assinada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que tem a prerrogativa de nomear e exonerar quem ocupa este tipo de cargo.
A assessoria da Casa Civil informou que cabe ao ministério a explicação oficial sobre a saída do chefe de gabinete do ministro.
No dia 9 de agosto, Peixoto recebeu em seu gabinete o dono da Poliedro Informática, Luiz Carlos Garcia, e o lobista Mauro César dos Santos para discutir o assunto, ligado a uma proposta de informatização da pasta.
O encontro ocorreu depois de três reuniões do empresário e do lobista na casa do deputado João Pizzolatti (PP-SC) sobre o mesmo tema.
Negromonte participou de pelo menos uma das reuniões, assim como seu secretário-executivo, Roberto Muniz. Todos os envolvidos negam que as conversas trataram de algum acerto.
Na edição de hoje, a Folha mostra que a cúpula do PP negociou, durante as mesmas reuniões, uma manobra que poderia evitar a fiscalização do dinheiro utilizado no projeto.
A estratégia discutida seria estabelecer um convênio da pasta com um organismo internacional para levantar recursos externos, que não podem, por exemplo, ser fiscalizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Da Folha
3 Comments
ISSO SO PROVA A COMPETENCIA EA SERIEDADE DE NEGROMONTE, MUITO BEM MINISTRO E ISSO AI!
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Quarta, 25 de Janeiro de 2012 – 15:39
Cássio Peixoto admite ter deixado Ministério das Cidades porque denúncias o feriram
por Evilásio Júnior
O agora ex-chefe de gabinete do Ministério das Cidades, Cássio Peixoto, em contato com o Bahia Notícias, explicou a causa da “desmotivação” que o fez deixar o cargo. Para ele, a acusação de ter realizado reuniões com o empresário Luiz Carlos Garcia, da Poliedro Informática, e o lobista Mauro César dos Santos interessados em uma licitação milionária promovida pela pasta foi crucial para a sua saída. “Estava um ano fora de casa, um ano longe da minha família e da minha área de atuação, que é a agropecuária. Decidi voltar para ter paz com a minha família. Aprendi muito nesse desafio de gestão pública. Isso tudo foi positivo por um lado, mas negativo por outro. As ilações que ocorreram me feriram muito”, admitiu. Peixoto nega que tivesse qualquer interesse político-partidário no governo federal e diz apostar que na correção do ministro Mário Negromonte e seus auxiliares. “Não sou filiado a nenhum partido político. Fui requisitado como técnico para compor a equipe do atual ministro. Não quero entrar em detalhes, mas os órgãos controladores estão apurando, atentos a todas as suspeitas. Me sinto tranquilo. Tenho certeza que nada contra a gestão atual será provado”, estimou.DIREITO DE RESPOSTA ISSO ESTA PUBLICADO TBM AI!
EXCLUSIVO: “Quem exonerou fui eu”, afirma Negromonte sobre saída de Cássio Peixoto
25/01/2012 17:30
Foto: Maiana Marques/PH
O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), não ficou nada satisfeito com a informação de que o chefe de gabinete dele, Cássio Peixoto, teria sido exonerado a mando da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em contato com o Política Hoje, o ministro garantiu que “não foi a Gleisi, a presidente Dilma, o Papa, Barack Obama” que decidiu demitir Peixoto. “Quem tem poder aqui (para exonerar) sou eu. Ela não poderia ter exonerado se eu não fizesse a solicitação. Todo cargo a exemplo de secretários e chefes de gabinete (DAS-5) quem publica no Diário Oficial é a Casa Civil, mas quem decidiu fui eu”, justificou.
“Cássio era um excelente funcionário, mas estava deslocado, pois é do ramo da agricultura. Conversando com ele percebi que ele estava desmotivado”, completou Negromonte. Um dos motivos apontados pelo ministro é o “abalo” do ex-chefe de Gabinete com acusações de que teria se encontrado, em seu gabinete, com o dono da Poliedro Informática, Luiz Carlos Garcia, e o lobista Mauro César dos Santos. “É mais uma acusação da imprensa. Ele recebeu o cidadão em uma audiência, onde foi apresentado a empresa. Isso sempre acontece. Recebo em meu gabinete donos de construtoras e empresas diversas que apenas apresentam o portfólio”, justifico.
Sobre o jantar que teria tido com o empresário, o titular da pasta de Cidades afirmou que “ele era um dos convidados” do deputado João Pizzolatti (PP-SC). Negromonte ainda afirmou que não sabe qual será o destino de Peixoto, que é oriundo do Ministério da Agricultura.
Sandro Badaró