Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Concursandos escolhem cursos on-line
Nas noites em que sofre de insônia, Cátia Vieira evita a TV. É para o computador que ela vai até o sono chegar.
Ela é uma entre os milhares de profissionais que optam por fazer cursos preparatórios on-line em busca de uma vaga no setor público.
Vieira indica a ferramenta principalmente para candidatos que participaram de cursos presenciais e provas.
Mas faz ressalvas. “Não acho que funcionem para quem que não tem conhecimento jurídico [porque o tema é muito técnico]”, diz ela, que é formada em hotelaria.
Seu objetivo é um cargo em tribunais, por isso, divide o tempo entre dois cursos on-line e um presencial.
A flexibilidade de horário é um dos pontos positivos. “O aluno não tem influência externa e concentra-se mais no conteúdo transmitido”, considera Rafael Sato, diretor da R2 Cursos Preparatórios.
As videoaulas podem ser assistidas a qualquer hora por um tempo determinado pela escola (leia ao lado). Dúvidas são respondidas por e-mail e o aluno tem, conforme a instituição, material de apoio, como apostilas. Simulados são vendidos à parte.
O concursando pode escolher disciplinas ou pacote completo para uma seleção, diz Marcelo Marques, diretor do Concurso Virtual.
LIBERDADE E DESAFIO
Mas, ao mesmo tempo em que pode ser o maior benefício, essa liberdade de local e de agenda pode transformar-se no maior desafio da modalidade. “O estudante fica deixando para depois e não desenvolve o estudo diário.”
Para Alessandro Ferraz, dono de escola preparatória que leva seu nome, “no presencial, se aparece um chopinho, você recusa, porque precisa da presença em sala para não perder matéria”.
A melhor maneira de eleger um curso on-line é saber se a escola oferece a modalidade presencial e há quanto tempo está no mercado, orienta a diretora da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos) Maria Thereza Sombra.
As aulas virtuais têm apelo, segundo a diretora, pela abrangência e pelo preço -elas são cerca de 30% mais baratas que as presenciais. Da Folha