Em Cuba, Dilma diz que direitos humanos não podem ser arma ideológica

 Em Cuba, Dilma diz que direitos humanos não podem ser arma ideológica

Instada nos últimos dias por dissidentes do governo cubano a falar sobre violações de direitos humanos na ilha, a presidente Dilma Rousseff disse a jornalistas nesta terça-feira em Havana que só tratará do tema em “perspectiva multilateral” e afirmou que a questão não pode ser “só uma arma de combate político-ideológico”.

A presidente Dilma Rousseff durante reunião privada com ditador cubano Raul Castro. Roberto Stuckert Filho/PR

“Nós vamos falar de direitos humanos em todo o mundo? Vamos ter de falar de direitos humanos no Brasil, nos EUA, a respeito de uma base aqui que se chama Guantánamo”, respondeu a presidente, logo após depositar flores no memorial de José Martí, herói nacional cubano, na primeira parte de sua agenda oficial em Cuba.

Dilma confirmou ainda que terá um encontro com o ex-ditador Fidel Castro, 85, durante sua rápida visita oficial à ilha comunista. “Sim, com muito orgulho eu vou [encontrar Fidel]”, afirmou.

Fidel está afastado formalmente do poder desde 2008, por motivos de saúde. A presidente não revelou em que momento ocorrerá o encontro.

Questionada se falaria com autoridades cubanas sobre o caso da blogueira Yoani Sánchez, que espera do governo da ilha autorização para ir ao Brasil, Dilma respondeu: “O Brasil deu seu visto para a blogueira. Agora, os demais passos não são da competência do governo brasileiro.”

Sánchez, crítica do regime dos Castro, recebeu na semana passada da embaixada brasileira em Havana visto de turista para visitar o Brasil para participar do lançamento de um documentário, no dia 10.

O governo de Cuba, porém, deve conceder um “visto de saída” à opositora. A resposta oficial cubana deve sair na próxima sexta-feira.

 Da Folha

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