Implantação da UTI no Hospital Nair Alves de Souza depende de entendimento entre o PT e o PSB

Governador Eduardo Campos, padrinho político do novo presidente da Chesf, é também presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

O Impasse para implantação da UTI no (HNAS) – Hospital Nair Alves de Souza pode estar na disputa política entre o PT e o PSB. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é o presidente nacional do PSB, tem hoje o seu afilhado João Bosco de Almeida como presidente da Companhia Hdiroelétrica do São Francisco (Chesf). Já o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que é muito ligado a presidente Dilma Rousseff(PT), apóia o deputado estadual Paulo Rangel(PT), que é o líder do governo na AL. E é do conhecimento de todos que a Chesf em Paulo Afonso, na sua administração local, é composta por membros do PT ligadas ao deputado Paulo Rangel. Esse conflito político entre os governadores de Pernambuco e da Bahia [ e talvez em Brasília] pode estar dificultando o processo de implantação de uma UTI no HNAS. Há muito tempo vem sendo divulgado que tudo está pronto no HNAS para que seja implantada uma UTI e que o motivo maior da demora seria que a Chesf só quer ficar por 10 anos contribuindo financeiramente com os custos do hospital. O governo da Bahia, representado pelo Secretário da Saúde Jorge Solla, em uma reunião realizada no auditório do Memorial da Chesf em 2011, chegou a propor que fosse criada uma fundação para assumir o HNAS.O que se comenta é que a Chesf rejeitou a proposta. Vale à pena lembrar que quem esteve durante os últimos nove anos à frente da presidência da Chesf, foi o engenheiro Dilton da Conti Oliveira, também PSB. Apesar do engenheiro Dilton não ser muito chegado do governador Eduardo Campos, como é Bosco, mas deve ter havido também durante a sua gestão essa mesma disputa política entre PSB e PT.

E o que corre à boca miúda é que o PT quer segurar a influência do governador Eduardo Campos, no Nordeste. Análise publicada no jornal O Estado de São Paulo em dezembro aponta que todos os cálculos feitos até agora sobre o fortalecimento político do pernambucano, incomoda não só o PT, mas também a presidente Dilma Rousseff.

Nos bastidores de Brasília, o comentário é que a nomeação de João Bosco de Almeida para a presidência da Companhia Hdiroelétrica do São Francisco (Chesf) só saiu em dezembro de 2011 por conta da fidelidade do PSB na primeira fase de votação da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Bosco deixou a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco no dia 2/12 e tomou posse na Chesf no dia 7/12.