Organizadores do Salon du Chocolat visitam fazenda modelo de cacau no recôncavo baiano

 Organizadores do Salon du Chocolat visitam fazenda modelo de cacau no recôncavo baiano

A qualidade das seis variedades de cacau produzidas na Fazenda Engenho D’Água – todas clonagens de plantas resistentes à vassoura de bruxa -, a beleza natural da região de São Francisco do Conde e a construção histórica, datada de 1600 e totalmente recuperada, encantaram o comissário-geral dos salões do chocolate, François Jeantet, na visita à propriedade, na sexta-feira (6).

O empresário está há duas semanas na Bahia, acompanhado do coordenador do evento no Brasil, Diego Badaró, planejando o encontro que reunirá, em julho deste ano, em Salvador, chocolateiros pesquisadores e produtores do mundo inteiro.

“No sul da Bahia e no Recôncavo Baiano, conheci produtores e plantações de cacau, frutos maravilhosos, lavouras bem-cuidadas, visitei chocolateiros. Também vi as belezas naturais, florestas, o oceano. Penso que a Bahia é um lugar ideal para um evento mundial relacionado ao chocolate”, afirmou Jeantet. Para ele, o estado reúne todos os elementos para fazer um grande evento, inclusive infraestrutura e parque hoteleiro adequado.

História e importância do cacau

Segundo o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, a visita dos participantes do Salon du Chocolat às propriedades produtoras de cacau é fundamental. “Nós teremos um primeiro momento, quando os turistas visitarão a região de Ilhéus, logo que chegarem. Depois, durante os dias do evento, acreditamos que seja importante a ida a uma fazenda no Recôncavo, perto de Salvador, que mostre a história e a importância do cacau para a Bahia”.

Um dos destaques da fazenda, para o secretário, é a tecnologia. “Temos diversas variedades importantes clonadas, e vamos mostrar como superamos as diversas dificuldades ao longo dos anos, como a vassoura de bruxa. Os visitantes também conhecerão monumentos históricos em uma propriedade que já recebeu visita, por exemplo, do rei da Bélgica. É a hora de unir a parte técnica e tecnológica à história da Bahia”.

De acordo com ele, o cacau da Bahia já é conhecido mundialmente de maneira diferenciada. “Nos dois últimos anos, no Salon du Chocolat, realizado na França, vimos amêndoas de cacau produzido na Bahia ganharem prêmios mundiais. O grande desafio agora é fazer chocolates tão bons quanto os belgas e suíços, melhores do mundo, aqui no estado”.

Monumentos 100% recuperados

O proprietário da Fazenda Engenho D’Água, Mário Ribeiro, disse que investir no cacau na região de São Francisco do Conde é um resgate da história. Ele afirmou que o Salon du Chocolat é uma grande oportunidade.

Segundo Ribeiro, a fazenda já foi destaque em 1967, quando a Bahia sediou o Seminário Internacional da Cultura do Cacau. “Nós tivemos personalidades do mundo inteiro visitando a fazenda, que ficou conhecida internacionalmente. Com o Salon du Chocolat, vejo uma âncora para a gente intensificar o turismo porque já temos monumentos 100% recuperados”.

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