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Aspra divulga nota e considera greve ‘movimento vitorioso’ na Bahia
Assembleia realizada na noite de sábado (11) definiu fim da paralisação. Movimento grevista durou 12 dias em Salvador e cidades no interior da BA.
A Associação de Policiais Militares, Bombeiros e Seus Familiares (Aspra), entidade que manteve a greve da categoria até o 12º dia na Bahia, emitiu nota oficial neste domingo (12) informando que a decisão pelo fim da paralisação foi tomada porque o movimento terminaria “vitorioso”. Segundo o documento, assinado pelo setor de assistência jurídica da associação, a greve “repercutiu na sociedade baiana e a nível nacional, mostrando uma categoria firme na sua insatisfação com os baixos soldos e as promessas do governo não cumpridas”.
Os representantes da Aspra afirmam que não colocaram “seus interesses acima dos da sociedade”. A nota ressalta ainda a postura dos policiais ligados à Aspra de evitar confronto com homens do Exército, que fizeram o cerco à Assembleia Legislativa da Bahia durante os dez dias em que o órgão público esteve tomado pelos grevistas.
Decisão
Na noite de sábado, policiais militares decidiram encerrar a greve na Bahia, que já completava 12 dias. A desarticulação total do movimento aconteceu a cinco dias do início do carnaval de Salvador. O grupo que participou do encontro havia insistido na manutenção da greve mesmo após desocupação da Assembleia Legislativa e da convocação oficial do governo do estado para o retorno imediato ao trabalho.
Na saída da assembleia, manifestantes cantavam em coro “A PM voltou” e a maioria não quis conversar com a imprensa. Um deles disse que a “greve acabou pelo bem da sociedade”. Segundo PMs, cerca de 300 pessoas participaram da reunião, entre policiais e familiares.
A decisão na noite deste sábado contou com a mediação do deputado estadual Capitão Tadeu Fernandes. Segundo ele, o principal argumento utilizado com os líderes do movimento foi a garantia dada pelo governo de não aplicar punições administrativas aos policiais que não retornaram ao trabalho. “Os líderes estavam querendo resolver essa questão. Eu fui apenas um mediador. Fui chamado para conversar com o comandante [coronel Alfredo Castro] e com os grevistas. Enquanto não conversasse com os líderes aqui, não teria solução”, disse ao G1.
O policial militar Ivan Leite, que representava a categoria em greve, disse que a garantia de não haver punição administrativa foi fundamental. “As negociações continuam, mas ninguém estava ganhando com essa paralisação. Vamos parar por nossos irmãos baianos. Não é por causa do carnaval. Vamos fazer policiamento desde agora”, declarou.
Após a assembleia, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e o secretário de Comunicação do Estado, Robson Almeida, receberam a imprensa para fazer comunicado oficial sobre a manutenção da proposta do
governo com relação ao reajuste de 6,5% e o pagamento escalonado das gratificações.Do G1