Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Entenda as suspeitas envolvendo o ministro das Cidades
Desgastado no Palácio do Planalto, o ministro Mário Negromonte (Cidades) comunicou a aliados do PP que deve deixar o cargo nesta quinta-feira.
Ainda no ano passado, a pasta virou alvo de suspeitas de irregularidades no processo de mudança do modal de transporte de Cuiabá, uma das sedes da Copa de 2014.
Em Mato Grosso, houve substituição de um parecer técnico favorável ao BRT (ônibus em corredores exclusivos) por outro defendendo o veículo leve sobre trilhos, o que encareceu o projeto, conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”.
A mudança teria a participação do então chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto, demitido no último dia 25.
Na época, Negromonte negou as irregularidades no projeto e prometeu instaurar sindicância para apurar se houve alguma ilegalidade.
Pressionado, chorou em evento na Bahia, sua base política, e admitiu que poderia deixar o cargo sua permanência causasse desconforto à presidente Dilma Rousseff.
LOBISTA
Negromonte permaneceu no cargo, mas sua situação se agravou após revelação pela Folha de que integrantes do PP reuniram-se com um empresário e um lobista para discutir projeto de informatização do Ministério das Cidades.
O assunto foi tratado em reuniões no apartamento do deputado João Pizzolatti (SC), ex-líder do PP na Câmara e aliado do ministro Mário Negromonte, único representante do partido no primeiro escalão do governo.
O próprio ministro participou de um dos encontros, que permitiram que a empresa, a Poliedro Informática, se aproximasse da equipe de Negromonte e discutisse o assunto com o governo antes de outros interessados.
Nesta semana, em mais um sinal de desgaste, o chefe da assessoria parlamentar de seu ministério foi demitido. A exoneração de João Ubaldo Dantas foi assinada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
‘MENSALINHO’
Outra suspeita levantada contra Negromonte é de que o ministro teria ofertado um “mensalinho” de R$ 30 mil para deputados do seu partido, o PP, em troca de apoio interno, segundo reportagem da revista “Veja”.
O PP está rachado na Câmara entre os grupos do ministro e a ala que assumiu a liderança da bancada, emplacando o nome de Aguinaldo Ribeiro (PB), cotado para substituir Negromonte no ministério. Da Folha