Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Líder grevista já fez campanha para Wagner e Geddel
Presidente da ASPRA foi o dono do contracheque que ajudou Wagneer a mostrar o baixo nível dos salários da PM na propaganda de 2006
Marco Prisco, o polêmico presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (ASPRA) que conseguiu parar a Polícia Militar da Bahia, já passou por quase todos os lados da política baiana. O ex-policial, que ingressou na vida de servidor público em 1999 e foi expulso da corporação por conta das ações grevistas da PM em 2001, participou da campanha eleitoral do PT em 2006 que elegeu Jaques Wagner governador da Bahia. Além de ter sido cabo eleitoral do petista entre os militares, Prisco teria sido o dono do contracheque que embalou a propaganda do então candidato e, à época, serviu para evidenciar o quadro de baixos salários da corporação.
Após ganhar os holofotes, tanto pela coordenação da greve no governo César Borges, como por fazer parte da campanha do PT, o líder grevista passou por várias siglas, como indicam informações da Folha de S. Paulo e do jornal Correio*. Prisco já foi filiado ao PTC, legenda em que se lançou candidato a deputado estadual, ao PCdoB e ao PSOL. Na última campanha para o governo, em 2010, mesmo período em que postulou uma vaga na Assembleia, o ex-policial apareceu no horário eleitoral do PMDB, do então candidato Geddel Vieira Lima, contrapondo a sua visão de quatro anos atrás (veja o vídeo aqui).
Há três meses, Prisco é filiado ao PSDB, onde acalenta o projeto de sair candidato a vereador em Salvador em outubro próximo. O próprio deputado Antônio Imbassahy, ex-presidente regional do partido, confirmou a informação da filiação do grevista. Durante a eclosão da atual greve, o ex-PM fez denúncias graves. Acusou, conforme matéria veiculada no jornal O Globo, a cúpula do PT e de outros partidos de esquerda, citando nomes como os de Nelson Pelegrino, Lídice da Mata e do governador Jaques Wagner como financiadores do movimento grevista de 2001.
As movimentações sindicais de Prisco não estão restritas apenas à Bahia: ele coordenou ações no Maranhão e em Roraima, onde, neste último Estado, teria, segundo denúncias, chegado a se apresentar como deputado estadual baiano. Hoje, ele e mais onze integrantes da diretoria da ASPRA são tidos como foragidos da polícia, pois um mandado de prisão já foi expedido pela justiça mas apenas um dos acionados foi notificado. Policiais Federais foram à Assembleia Legislativa., onde eles estavam aquartelados cumprir o mandado, mas não conseguiram.
Política Livre. Foto: Lúcio Távora/A Tarde