Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Policiais civis ameaçam entrar em greve nacional
Além da ameaça da paralisação dos policiais militares baianos se alastrar por outros Estados do Brasil, a Polícia Civil também pode entrar em greve nacional.
A Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis) se reúne amanhã e sábado para uma assembleia que vai discutir a possibilidade de uma paralisação nacional.
“A proposta é fazer uma greve nacional, precisamos do apoio dos representantes dos sindicatos de todo o país”, afirmou à Folha Jânio Bosco Gandra, presidente da Cobrapol.
Segundo ele, a reunião que começa amanhã em Brasília terá a participação de quase todos os Estados –as exceções são Piauí, Rio Grande do Norte e Acre.
Além de reivindicar a aprovação no Congresso da proposta de emenda constitucional conhecida como PEC 300 (que prevê um piso salarial nacional para a categoria, entre outras melhorias), a confederação cobra que governo federal e Estados articulem o que ele chama de “política nacional de segurança pública”.
“O que há são programas, mas precisamos de uma política nacional, que o Brasil nunca teve”, comenta.
Jânio Bosco Gandra garante que, se a decisão da categoria for entrar em greve, que começaria em março, será respeitada a lei que versa sobre o direito de greve no serviço privado, que garante ao menos 30% do efetivo em atividade.
GREVE
A greve dos PMs da Bahia começou na semana passada. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários.
Em entrevista à Folha, o governador Jaques Wagner (PT) disse que não pagaria nada acima do reajuste já concedido ao funcionalismo do Estado. Na terça (7), porém, o governo passou o dia negociando com líderes grevistas, mas a reunião foi suspensa sem acordo.
O impasse ficou por conta dos 12 mandados de prisão expedidos contra PMs grevistas. Prisco afirmou na ocasião que ninguém retornaria ao trabalho sem que houvesse uma anistia geral.
Na segunda-feira, diversos focos de tumulto ocorreram no local, e os militares usaram balas de borracha e bombas de efeito moral para conter os ânimos. Da Folha