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Associação em BH é suspeita de cobrar pelo Minha Casa, Minha Vida
A Urbel (Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte), órgão da prefeitura, vai abrir sindicância para averiguar supostas irregularidades praticadas por associação comunitária em nome do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
A associação é suspeita de cobrar pela inscrição no programa do governo federal e também mensalidades de R$ 10 para que as inscrições de interessados permanecessem ativas.
Além de o programa habitacional do governo federal ser totalmente gratuito, não há inscrição aberta em Belo Horizonte no momento. Na capital mineira, o prazo vigorou entre março e junho de 2009. Foram inscritas cerca de 200 mil pessoas.
A suspeita de cobrança irregular foi revelada pela TV Globo. A Urbel informou nesta sexta-feira (9) que a associação será excluída do cadastro da prefeitura caso as suspeitas sejam comprovadas.
Segundo o órgão, pessoas eventualmente lesadas devem acionar a polícia, e não a prefeitura.
O Núcleo dos Sem Moradia da Associação Comunitária do Bairro Vila Clóris (região norte da cidade) é um dos 180 núcleos cadastrados na Urbel.
Na fase de recebimento das inscrições, em 2009, todos os núcleos puderam receber inscrições, que encaminharam à prefeitura.
A associação do Vila Clóris, com cerca de 800 participantes, inscreveu na ocasião 133 pessoas da faixa de até R$ 1.600 de renda familiar.
Se a entidade vier a ser excluída do cadastro da prefeitura, as inscrições dessas 133 pessoas serão mantidas. Registros efetuados fora do prazo não valem.
Há critérios municipais e do governo federal para a seleção dos inscritos que irão para o sorteio das casas, que são financiadas. Os critérios federais são: mulheres chefes de família, portadores de necessidades especiais e moradores de área de risco.
Os critérios da Prefeitura de BH são: moradores de áreas de risco, com mais tempo de espera nos cadastros das políticas habitacionais da cidade e, com peso menor, vinculados a alguns dos 180 núcleos –que reúnem cerca de 17 mil pessoas.
OUTRO LADO
Ninguém no núcleo do Vila Clóris foi encontrado pela manhã e começo da tarde desta sexta-feira (9). O telefone não foi atendido e a responsável pelo núcleo, Doracília Araújo, não atendeu o celular. Da Folha