Autor do projeto que libera internet para propaganda critica decisão sobre Twitter

 Autor do projeto que libera internet para propaganda critica decisão sobre Twitter

Projeto apresentado pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE) pretende adequar a lei eleitoral ao uso da internet. O texto deixa claro que é livre a utilização da internet, a qualquer tempo, para expor plataformas e projetos políticos e para manifestações de preferência por partidos políticos, coligações, pré-candidatos ou candidatos, sendo vedado o anonimato.

Por outro lado, a proposta adota mecanismos a serem aplicados para coibir eventuais abusos. É o caso da previsão de multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil para quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligação.

O autor do projeto criticou decisão recente do Tribunal Superior Eleitoral que declarou ser proibido fazer campanha no Twitter antes do período permitido por lei, a partir do dia 5 de julho do ano eleitoral.

O caso julgado é o recurso do ex-deputado Índio da Costa (PSD), multado em R$ 5 mil por pedir votos na rede social quando concorria à vice-presidência da República, em 2010, na chapa de José Serra.

Para Mendonça Filho, a decisão do TSE não faz sentido. “Não há lógica, não há respaldo legal e constitucional para a decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral de caracterizar propaganda eleitoral no uso da internet, nas chamadas redes sociais, nos meios de comunicação, entre pessoas através da internet”.

Segundo o especialista em direito eleitoral Antônio Augusto Mayer, a limitação do uso da internet conforme decidiu o TSE não é razoável. Ao mesmo tempo, ele não considera sensato ampliar livremente o uso da internet, como prevê o projeto de lei. Antônio Mayer aponta um caminho.

“A maneira mais singela, talvez mais útil de estabelecer um discurso razoável para isso seria estabelecer a pré-candidatura a partir do mês de abril, quando ocorre então um volume de expressão daquelas desincompatibilizações.”

O projeto que libera o uso da internet para propaganda política aguarda distribuição às comissões da Câmara que vão analisá-lo.

 

As informações são da Rádio Câmara

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