Líder da greve da PM, Marco Prisco é liberado de prisão em Salvador

 Líder da greve da PM, Marco Prisco é liberado de prisão em Salvador

Ele vai responder às acusações e formação de quadrilha e destruição do patrimônio público em liberdade.Prisco foi preso no dia 9 de fevereiro, no mesmo dia em que os policiais desocuparam a Assembleia Legislativa depois de cerca de 10 dias de ocupação

 O ex-PM Marco Prisco, líder do movimento grevista que ocupou o prédio da Assembleia Legislativa por 10 dias, saiu do Complexo Penitenciário, no bairro de Mata Escura, na tarde de sexta-feira (23) para responder às acusações e formação de quadrilha e destruição do patrimônio público em liberdade.

Policiais militares também aguardam a liberdade em cumprimento ao alvará de soltura dos grevistas presos e, segundo informações de companheiros de Prisco, uma comissão foi formada para analisar possíveis irregularidades no processo e na prisão dos PMs.

Prisco foi preso no dia 9 de fevereiro, no mesmo dia em que os policiais desocuparam a Assembleia Legislativa depois de cerca de 10 dias de ocupação.

A decisão de abandonar o prédio ocorreu após o líder grevista Marco Prisco ter sido flagrado conversando grevista e tratando de ações de intimidação como queima de viaturas e fechamento de rodovias. As gravações também trazem um cabo bombeiro do Rio de Janeiro, que está na Bahia, falando sobre a expansão do movimento para outros estados.

Habeas Corpus

O ex-policial militar David Salomão, flagrado em escutas telefônicas combinando atos de vandalismo durante a greve de PMs na Bahia, foi solto na terça-feira (13).  Ele estava preso na sede da Polinter, em Salvador, depois de ter sido detido em Vitória da  Conquista e transferido para a capital baiana após o movimento grevista.

O ex-PM foi solto depois da revogação da ordem de prisão expedida pela 2ª Vara Crime de Salvador. Durante a greve, David Salomão foi gravado combinando atos de vandalismo com o líder da greve da Polícia Militar, Marco Prisco. As conversas dos dois por telefone foram registradas com autorização da Justiça, e levaram a prisão do ex-PM, que ficou detido por um mês e dois dias.

Em telefonemas gravados com autorização da Justiça, David Salomão combinou atos de vandalismo com Marco Prisco durante a greve da polícia militar, que durou 12 dias na Bahia e terminou no dia 31 de janeiro. Depois da exibição das gravações, ele disse que não cometeu crime. O advogado de Salomão afirma que o cliente não liderou a greve no estado. Ele esteve preso durante um mês e dois dias.

Veja trecho da conversa:

– Prisco: Alô, oi. Desce toda a tropa pra cá meu amigo. Caesg e você. Desce todo mundo para Salvador, meu irmão… Tou lhe pedindo pelo Amor de Deus, desce todo mundo para cá…

– David Salomão: Agora?

– Prisco: Agora, agora. Embarque…

– David Salomão: Eu vou queimar viatura… Eu vou queimar duas carretas agora na Rio/Bahia que não vai dar tempo…

– Prisco: fecha a BR aí meu irmão. Fecha a BR.

Salomão é advogado e presidente da Centro de Assistência dos Policiais Militares e Associados (JUSPM) de Vitória da Conquista. Na gravação, Prisco é ouvido chamando os policiais de Conquista para irem a Salvador fortalecer o movimento. Salomão fala que vai queimar carretas ou viaturas na BR-116, mas esses atos de vandalismo não foram registrados durante a greve.

Na rede social Facebook, o advogado comemorou sua liberação da prisão e citou o jurista baiano Ruy Barbosa para falar sobre liberdade: “faço minhas as palavras do baiano Ruy Barbosa…liberdade,ainda que tardia! De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”, desabafou.

PMs em greve de fome

Cinco policiais militares presos por envolvimento na greve de PMs baianos iniciaram na quarta-feira (14) uma greve de fome na cidade de Itabuna, no Sul da Bahia. De acordo com informações da TV Bahia, eles pedem que a Justiça baiana julgue com celeridade os pedidos de habeas corpus para os envolvidos no movimento de paralisação dos policiais.

12 dias de greve

O comando de greve do grupo de policiais militares e bombeiros baianos ficou paralisado durante 12 dias, de 31 de janeiro até o dia 12 de fevereiro. A decisão de encerrar a greve foi tomada durante assembleia realizada no dia 11 de fereveiro no Sindicato dos Bancários, no bairro dos Aflitos, no Centro de Salvador.  Ficou decidido que os militares terão reajuste de 6,5% retroativo a janeiro deste ano. Em contrapartida, os militares abriram mão da revogação do decreto de prisão dos policiais e bombeiros envolvidos nas ações grevista.

Durante todo o período em que os PMs estiveram paralisados, uma onda de saques, de violência e também de boatos impôs o temor e o pânico em diversas partes do estado. Ônibus foram queimados, estabelecimentos comerciais foram fechados, aulas suspensas, prejuízos nos bares e restaurantes foram contabilizados, dezenas de eventos cancelados, tiroteio, arrastões e homicídios cometidos na capital baiana. Da Redação Correio

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