Senado responsabiliza FGV por anulação de concurso público

O Senado divulgou nota nesta segunda-feira responsabilizando a FGV (Fundação Getúlio Vargas) pela confusão no concurso para a Casa Legislativa realizado ontem (11) que resultou na anulação das provas para três cargos da instituição. A nova data das provas, segundo o Senado, será definida pela FGV.

“Tais fatos são de exclusiva responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas à qual o Senado Federal encaminhou ofício solicitando explicações detalhadas sobre o ocorrido e pedindo celeridade nas providências destinadas à reaplicação das provas”, afirma o presidente da comissão do concurso no Senado, Davi Anjos Paiva.

Segundo ele, os candidatos para as áreas não afetadas pelo problema na impressão das provas não vão precisar refazê-las. “Esclarecemos a todos os candidatos das áreas que não foram afetadas que o calendário do Concurso Público está integralmente mantido.”

Os candidatos para as áreas de enfermagem, análise de sistemas e análise de suporte de sistemas vão ter que refazer as provas devido às falhas. O problema ocorreu porque, em algumas salas, não havia prova suficiente para todos os candidatos. Ao todo, 10.447 candidatos concorriam a esses três cargos. Segundo o edital, o salário é de R$ 18.440 para essas áreas.

Paiva diz, na nota, que a reaplicação das provas tem o objetivo de “garantir a isonomia” do concurso e “evitar prejuízos aos inscritos”.

“A data da reaplicação, tão logo seja definida, será comunicada pela FGV a todos os candidatos atingidos e será alvo de edital de convocação a ser publicado no Diário Oficial da União”, diz na nota.

Os prejudicados devem receber nos próximos dias, pelos Correios, um comunicado com informações sobre o incidente e com as orientações para o novo dia de prova.

CONFUSÃO

Em Brasília, quem tentava vaga para enfermagem recebeu o teste para o cargo de redator. Em algumas salas, houve falta de cadernos de provas para parte dos inscritos.

Ao detectar o problema, alguns candidatos conseguiram solicitar a substituição e fizeram uso de uma reserva técnica do exame, insuficiente para todos os candidatos, segundo o enfermeiro Márcio da Mata, 33.

“Como não dava para todo mundo, começou uma confusão dentro da sala. Todo mundo conversando, discutindo as perguntas em voz alta e até postando fotos das questões no Facebook”, afirmou. Folha