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UnB diz que descobriu fragilidade na segurança da urna eletrônica
Especialistas conseguiram colocar votos em ordem cronológica. Para TSE, sigilo não foi quebrado porque dono do voto não foi identificado.
Um grupo da Universidade de Brasília (UnB) diz que conseguiu, na última quarta-feira (21), descobrir uma fragilidade no sistema de segurança da urna eletrônica em teste organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento, que começou na última terça (20) e terminou na quinta (22), reuniu especialistas de todo o país, divididos em 9 equipes, que simulam ataques para avaliar a segurança do sistema eletrônico de votação.
Segundo a UnB, o time coordenado pelo professor Diego Aranha conseguiu “organizar os votos na ordem cronológica em que foram registrados em uma das urnas”. De acordo com a universidade, desta forma, o sigilo do voto eletrônico ficou comprometido, podendo ser quebrado por quem anota a ordem dos eleitores.
O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que não houve violação da urna eletrônica durante o teste, porque os especialistas tiveram acesso a um código que ajudou a testar o sistema de votação. Segundo ele, o objetivo foi buscar formas de aperfeiçoamento.
“Foi dentro de um ambiente controlado. Isto numa situação real seria absolutamente impossível porque ele não teria acesso à fonte, ao algoritmo e não teria como identificar a lista com o eleitor. Nós alcançamos o objetivo e até premiamos aqueles que conseguem trazer uma contribuição para aperfeiçoar melhor o sistema. Para 2012, já teremos um algoritmo muito mais aperfeiçoado. O eleitor pode ficar tranquilo que não é uma quebra, porque esta não era uma situação real e não há como vincular a sequência de votação ao eleitor”, disse o ministro.G1