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EDBA incentiva hortas orgânicas no semiárido. Objetivo é proporcionar produção sustentável
Qualquer espaço de terra disponível em quintais pode ser utilizado para cultivar horta orgânica. A afirmativa está baseada na orientação dada aos agricultores familiares atendidos pelos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, a exemplo do que está sendo feito pela da gerência regional de Bom Jesus da Lapa.
As hortaliças crescem apenas com a utilização de água e adubo orgânico. “A ideia é que seja possível ter uma vida mais saudável com a produção sustentável e livre de agrotóxicos no campo”, afirma o engenheiro agrônomo Josman Vieira
Nas casas dos agricultores familiares Joaquim José Neves, Edileuza Pereira, Deusedir Angélica de Oliveira e Maria Rosa das Virgens, na comunidade Lagoa da Pedra, no Território Velho Chico, os vegetais consumidos provêm de hortas orgânicas implantadas com orientação técnica da EBDA. Eles não precisam ir muito longe para trazer à cozinha alimentos livres de agrotóxicos e podem também plantar com a intenção de comercializar os produtos nas feiras livres da região. “Planto alface, cheiro verde, cebolinha e pimentão, e no entorno tenho bastante pimenta malagueta, que, de acordo com as orientações técnicas que recebemos, afasta algumas pragas,” conta Joaquim Neves.
A poucos metros de casa, a agricultora Deusedir Angélica tem uma miniplantação com temperos, e sua hortaliça favorita, a rúcula. “Em casa só eu gosto, mas aos poucos todos vão comendo na salada.” No entorno da horta, Deusedir e o esposo cultivam palma, andu e mandioca, que, por serem resistentes à seca, servem para alimentar os animais criados na propriedade.
Maria das Rosas Virgens tem uma horta completa no quintal da casa: pimenta, alho, plantas para chás, tomate, e árvores frutíferas de umbu, acerola, siriguela, e mamão. A agricultora já participou de cursos de beneficiamento do umbu, e guarda polpas dos frutos para consumo próprio e para oferecer aos amigos que a visitam durante o ano.
Edileuza Pereira é casada e tem dois filhos. Mora próximo aos pais e proporciona à família alimentação livre de agrotóxicos. Planta cenoura, beterraba e hortaliças. O excedente vende na feira de Bom Jesus da Lapa.
A preocupação com a sustentabilidade da agricultura familiar agroecológica está vinculada à preservação da saúde humana e ao do bem-estar da família. “O meio ambiente, logicamente, deixa de receber produtos químicos e de ter seus recursos naturais, como o solo e a água, explorados de forma prejudiciais”, afirma o agrônomo.
EBDA/Assimp