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Famílias cobram da Chesf reassentamento
Há mais de 20 anos 400 famílias cadastradas pela Chesf e não reassentadas, cobram da Chesf o tão esperado reassentamento
Índios da Etnia Tuxá, agricultores e camponeses estão acampados próximo a APA – Administração Regional da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso, desde as 3h da madrugada de terça-feira (10). Os funcionários da empresa estão apreensivos por conta da manifestação, a segurança da área foi reforçada pela PM, que interditou a frente do prédio onde fica a sede da APA.
Mais de oito ônibus e vários carros de passeio, com mais de 400 pessoas, homens, mulheres, idosos e jovens, chegaram ontem de alguns municípios baianos e das cidades pernambucanas, Petrolândia [município que teve maior área perdida com a inundação da barragem], Belém do São Francisco, Floresta e Itacuruba e mais os índios Tuxá que vieram da cidade de Rodelas-BA, para reivindicar assentamento e indenização para famílias cujas terras foram cobertas pelas águas do rio São Francisco durante a construção da Usina Hidrelétrica de Luiz Conzaga (PE), em 1988, conhecida como Itaparica.
Segundo os líderes da manifestação, é esperado que a Chesf atenda as 16 reivindicações colocadas em pauta e entregue pela comissão a diretoria da Chesf, na última manifestação ocorrida há cinco anos. “o homem sem terra não é nada. Precisamos da terra. Sem ela, a gente vê o que acontece lá na localidade, o alto índice de prostituição, o aumento do consumo de droga, o alcoolismo e a ociosidade”. Há mais de 20 anos 400 famílias cadastradas pela Chesf e não reassentadas, cobram da Chesf o tão esperado reassentamento.
No inicio da noite de ontem ficou decidido que os manifestantes só iriam deixar o acampamento depois que a Chesf receber e discutir com a comissão dos assentados, a pauta de reivindicações e depois que um acordo for feito e assinado.
Segundo informações no final da tarde de ontem a diretoria da Chesf teria solicitado que uma comissão encaminhasse a diretoria da empresa em Recife uma pauta de reivindicações, pois segundo a diretoria, a Chesf não tinha conhecimento das solicitações relacionadas com os assentamentos e indenização. Com essa decisão da Chesf, abriu um canal de negociação. Alguns dos manifestantes quiseram aceitar a proposta e retornar, mas alguns dos manifestantes afirmam que já existe um termo de ajustamento de conduta de cinco anos atrás, com o Ministério Público onde a Chesf ficou de cumprir e não cumpriu três das dezesseis solicitações feita na época e, por conta disso e por não querer ceder, os manifestantes preferiram não ir embora e passaram a noite no acampamento.
A Chesf até o momento não declarou a imprensa nenhuma nota sobre o caso.
4 Comments
meu avô faleceu sem receber casa nem salarios da chesf que nao reantou ele vindo a morar comigo em floresta.
espero que resolvam o pedido de idenização que ja dura duas decadas e a justiça não resolve nada.
como faço para localisar o processo de idenização pedido por meu avô alguem pode me informar.
meus pais faleceram e nunca receberam seus direitos gostaria de saber como faco para consegui localizar o processo deles e ter o que deles por direito