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Cachoeira fala ao Conselho de Ética no dia 23 e Demóstenes, no dia 28
Datas foram definidas em reunião do Conselho nesta quinta (10). Investigação poderá resultar na perda do mandato do senador.
Os integrantes do Conselho de Ética do Senado aprovaram, na manhã desta quinta-feira (10), as datas dos depoimentos no processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar. A ação poderá resultar na perda do mandato do senador.
Pelo calendário aprovado pelos parlamentares, Demóstenes prestará depoimento no próximo dia 28 de maio. O senador é suspeito de ter utilizado o cargo de parlamentar para beneficiar o bicheiro Carlos Augusto dos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo.
O depoimento de Cachoeira será realizado no dia 23 de maio. Cachoeira será ouvido como testemunha de defesa do senador. A outra testemunha de defesa arrolado por Demóstenes, o advogado de Goias Ruy Cruvinel, será ouvido no dia 22 de maio.
O relator do caso, senador Humberto Costa (PT-PE), acredita que, com o cronograma acertado, seja possível finalizar o processo no Conselho de Ética até o final de junho.
“Eu vou fazer todo o esforço para que o plenário [do Senado] vote o arquivamento ou a punição do senador em plenário antes do recesso. Em relação ao conselho, pretendo que no máximo até o final de junho seja votado”, disse o senador.
Demóstenes e Cachoeira também serão ouvidos pela CPI instalada no Congresso para apurar relações do bicheiro com políticos e empresários. Na CPI o senador presta esclarecimentos no dia 31 de maio e Cachoeira, no dia 15.
Delegados e procuradores
Antes dos principais envolvidos, serão ouvidos no dia 15 de maio pelos integrantes do Conselho de Ética os delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza, responsável pela Operação Vegas, e o delegado Matheus Mella Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo.
No dia 16, prestam depoimentos os procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que resultou na prisão do contraventor.
Segundo o presidente do conselho, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o depoimento dos delegados e procuradores deverá ser sigiloso, assim como tem ocorrido na CPI.
“Alguns dos depoimentos devem ser em caráter secreto. Provavelmente, os mesmos delegados devem falar em caráter secreto. Os procuradores poderão requerer também, que façamos sessões reservadas aos seus depoimentos”, disse Valadares. G1
Requerimentos
Os integrantes do Conselho de Ética também aprovaram requerimentos que pedem os registros de entradas de Carlinhos Cachoeira no Senado e a relação de servidores que atuam no gabinete do senador e na liderança do DEM.
Também foram pedidas as prestações de contas do senador Demóstenes Torres nas últimas três eleições, cópia do imposto de renda e registro de uso do táxi aéreo. Também foi pedido acesso aos áudios dos telefonemas realizados entre Demóstenes e Cachoeira, que já estão em poder da CPI. G1