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Dilma afasta vice do BB e põe César Borges em seu lugar
A presidente Dilma Rousseff decidiu indicar um político do PR para a cúpula do Banco do Brasil: o ex-senador César Borges substituirá Ricardo Oliveira na vice-presidência de Governo do BB.
Ao convidar César Borges (BA), Dilma Rousseff contempla o PR, um partido insatisfeito com a perda de espaço no governo, sobretudo após as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes, no ano passado, que derrubou o senador Alfredo Nascimento (PR-AM).
A troca inicia a dança de cadeiras deflagrada pelo Planalto em uma tentativa de também pôr fim à disputa de poder entre o comando do Banco do Brasil e a presidência da Previ, maior fundo de pensão da América Latina.
Ricardo Oliveira é apontado no governo como um dos responsáveis por alimentar a guerra entre o presidente do BB, Aldemir Bendine, e o chefe da Previ, Ricardo Flores. Bendine e Flores não se falam há mais de um ano. Para o governo, foi Oliveira quem vazou informações à mídia sobre Allan Toledo, ex-vice-presidente do banco investigado por movimentação financeira atípica.
Toledo é ligado a Flores, e a notícia foi interpretada no Planalto como um ataque ao presidente da Previ.
Próximo ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), foi Oliveira quem indicou Bendine para o cargo. Ele não foi encontrado pela Folha ontem para falar sobre o assunto.
Como a Folha antecipou em abril, o Ministério da Fazenda também já decidiu substituir Flores no comando da Previ e começou a buscar um sucessor.
No páreo estão dois vice-presidentes do banco: Ivan de Souza Monteiro (Gestão Financeira, Mercado de Capitais e Relação com Investidores) e Robson Rocha (Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável).
A Folha apurou que Monteiro resistiu a uma sondagem informal feita recentemente, mas a resposta ainda não é considerada definitiva.
Ricardo Flores foi avisado que não há mais condições de permanecer na presidência do fundo de pensão dos funcionários do BB.
Ele é investigado pela Previ pela compra de uma casa em parte com dinheiro em espécie. O fato foi revelado pela Folha. Seu destino deve ser uma das subsidiárias do banco ou uma diretoria na Vale. Folha