Greve dos professores continua na Bahia

Em assembleia realizada na manhã de terça-feira (22), os professores da rede estadual decidiram continuar a greve, que já dura 42 dias. Durante pronunciamento realizado a tarde na Assembleia Legislativa (AL), a deputada estadual Graça Pimenta (PR) cobrou que o Governo do Estado reabra os canais de diálogo com o movimento.

“O governo estadual precisa reabrir os canais de negociação com os professores. Os docentes não merecem passar pelo que estão passando, tendo os seus salários cortados. Os alunos têm que voltar às escolas, pois mais de um milhão de estudantes estão sem aulas e o ano letivo começa a ser prejudicado”, declara a parlamentar.

Com a aprovação do projeto de Lei 12.778/12, em 24 de abril, os professores perderam direitos garantidos constitucionalmente, como o adicional por tempo de serviço.  A Lei determina que os professores terão apenas reajuste de 3% em 2013 e 4% até 2014. A categoria luta por um reajuste de 22,22% para ter o salário igualado ao piso nacional.

Graça Pimenta acredita na educação como via de transformações sociais. “A educação é a base de tudo e o professor é quem faz ela acontecer. Sem os docentes, o conhecimento não é passado adiante e a sociedade não evolui. Todos nós tivemos uma série de professores que foram muito importantes para que nós fossemos o que somos hoje”, frisa.

A greve está mobilizando também a sociedade. Segundo um site jornalístico, cerca de 50 pais de alunos de um colégio em Salvador também se reuniram em assembleia pela manhã e deram um prazo até 30 de maio para um acordo entre governo e docentes. Os pais ameaçam ocupar a Governadoria caso a greve continue. O grupo vai procurar o Ministério Público Estadual (MP-BA) para cobrar uma medida urgente que solucione o impasse.